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sexta-feira, 10 de outubro de 2008

CRISE GLOBAL E COLAPSO MORAL

Tudo bem que alguma coisa deveria ter sido feita. Afinal o crescimento do PIB mundial indicado pelos agentes internacionais revelavam que havia algo de errado com ele. Não se consegue aumentar a riqueza em tão curto espaço de tempo e em montantes tão elevados. Os dados revelavam que havia “algo de podre” no meio do crescimento indicado.

Em minha opinião, a crise dos EUA é antiga. Ela era minimizada com os rombos que foram causados na Ásia, México e Brasil, na década passada. A estratégia de gerar riqueza por meio das empresas “Ponto.Com”, no final dos anos 90, foi um fiasco. A alternativa adotada pelo governo americano foi de criar uma nova bolha; concentrada na área imobiliária e automobilística (nem entro no aspecto petróleo, que oscila de acordo com o balançar da “varinha do maestro americano”.

Considero ter sido altamente estratégico, sob o ponto de vista dos Governantes Norte-Americanos, o fato ocorrido em 11 de Setembro de 2001. Foi o “gatilho” que precisavam para por em prática uma série de medidas protecionistas e internacionalmente intervencionistas. As guerras provocadas tiveram por objetivo, além de preservar o Dólar na comercialização mundial dos produtores de petróleo, tornar o EUA credor perante as Nações Unidas “pela defesa que fazia ao mundo livre”. Outro fator que esse fato provocou foi o esvaziamento das reais razões que redundaram na quebra das grandes empresas americanas em meados de 2001. Ao Mundo ficou a impressão de que tudo fora causado por uma “manobra contábil” realizada de forma oculta. Ninguém conseguiu ligar o fato que originou as manobras das empresas com o discurso do Presidente Americano, na primeira semana de seu mandato, afirmando que “Não haveria apagão na Califórnia”. Foi a partir desse discurso que a negociação de contratos milionários de compra e venda de energia foram gerados. Só que o Inverno chegou e não houve a anunciada crise. Todos os contratos foram desfeitos, gerando enormes prejuízos... O resto da história, todos conhecemos.

A opinião pública mundial contra a Guerra dificultou o ressarcimento dos gastos americanos junto à ONU. Aparentemente não houve nenhum outro cuidado por parte das pessoas do Mundo inteiro, em relação ao que – de fato – estava acontecendo, ou viria a acontecer. À exceção dos governantes de alguns poucos países, o restante da população parecia em letargia profunda; como num “pré-coma” anunciado e em andamento progressivo.

Concomitante ao aceleramento do “crédito fácil”, que gerava bons lucros a todos (até no Brasil os produtores de madeira para construção estavam satisfeitos. Afinal os EUA aumentaram significativamente o volume de negócios importando expressivas quantidades de madeira brasileira beneficiada), foi iniciada as negociações com a China, rapidamente declarada como “sociedade de mercado” apta a negociar com todos os demais países. Ficava difícil entender a estratégia das empresas americanas que colocavam polpudas somas de capital na China, dólares convertidos na moeda local (totalmente depreciada e fixa) que sofria de uma inflação anual superior aos juros remuneratórios. Era um jogo claro para perder-se dinheiro! Inacreditável que alguém, em sã consciência, achasse que isso era um bom negócio...

A partir do ano passado, quando a Bolha Imobiliária começou a vazar, alguns países (inclusive – e especialmente – o Brasil) passaram a ter suas moedas valorizadas perante o Dólar Americano. Nenhum meio de comunicação, ou analista econômico, informava que o que estava havendo, na realidade, era a exportação da inflação americana para o resto do mundo, que negociava e entesourava o Dólar. O preço do petróleo, assim com a grande maioria de commodities, vinha tendo seus preços elevados gerando graves especulações pelos investidores.

Agora começa a segunda fase do estouro da Bolha. Seus reflexos são devastadores. O Mundo terá de “queimar” toda a riqueza falsa, gerada nos últimos 15 ou 20 anos, num prazo muito curto. Ninguém quer aceitar que errou ao especular com elevados riscos. Pretendem disseminar sua culpa para todos os habitantes do planeta, seja gente, bicho ou meio-ambiente. Ninguém será poupado! Todos serão chamados a “socializar as perdas do capitalismo”. Muito mais que selvagem e predador! Um capitalismo baseado na imoralidade e no crime contra a humanidade.

Hoje os países em condição de produzir riqueza concentram-se, em minha visão, na América do Sul especialmente. Afinal é aqui que geramos riquezas de alimentos, com base em nossa abundância de água (que ainda temos de razoável qualidade) e no Sol que brilha durante grande parte do ano. Entretanto, vejo o capitalismo boicotar as possibilidades desses países encontrarem o crédito necessário para essa produção de riqueza constante, que a Natureza ainda nos oferece. Será que o Capitalismo tem a mesma natureza do Escorpião? Ainda que possa morrer, prefere matar aquele que pode lhe salvar?

A crise de hoje não se compara com as até hoje vividas por esta humanidade. Ela difere, essencialmente, em sua natureza e origem. Imprevisível seus efeitos, gerados pelo medo de muitos e oportunismos de poucos. Enquanto não for reconhecida a origem e a existência do Mal ele irá continuar a existir e a ser “ajudado” por todos que não conseguem vê-lo, de fato, como é.

Abaixo um artigo que busca quantificar o possível volume do está sendo “queimado” e a conivência de todos em continuarmos a viver “num mundo de sonho (melhor dizendo: pesadelo)”.

oOo

CRISE GLOBAL E COLAPSO MORAL :

- Registro minha indignação pelas mentiras que continuam sendo divulgadas para minimizar a devastadora crise que vai atingir não só o povo dos Estados Unidos más toda a humanidade.

Os governos dos Estados Unidos e do Reino Unido do período 1975/2008, o Sistema do Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos constituído de  bancos privados), o Banco Mundial, a Organização das Nações Unidas, os dez principais bancos dos Estados Unidos e do City Londres e os dois principais bancos da Holanda e Suíça devem ser responsabilizados.

O colapso moral destes governos e instituições precede as incontroláveis crises financeira, ambiental e social mundiais.

Os 700 bilhões de dólares que os contribuintes dos Estados Unidos estão repassando aos bancos correspondem à apenas 5% da insolvência hipotecária norte americana (16 trilhões de dólares) e à menos de 0,4% da imediata insolvência interbancária internacional com a previsível derrocada 2009/2010 dos derivativos financeiros.

O furo criado pela mega-especulação dos financistas internacionais com commodities, minérios, ações, moedas e títulos dos grandes bancos e dos governos é da ordem de  mais de 160 trilhões de dólares.

Sim, cidadãos do mundo, este é o roubo que os príncipes do bezerro de ouro cometeram contra todos os cidadãos e empresários honestos, trabalhadores e dignos deste planeta!

O sistema financeiro e de poder mundial devem sofrer a maior renovação da história e os custos serão pagos com vidas, falências e  sofrimento de milhões de inocentes.

Francisco Ortiz, Presidente do WWI Worldwide Institute,

Instituto Mundial para a Liberdade, o Progresso e a Paz.

www.wwifoundation.com

fortiz@wwicorp.com

Francisco José Ortiz Carrillo

RG. 2.567.064-5 SSP-SP – ADESG 78/6044

Te: 55 11 8762 3678