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terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Incerteza soberana

É absurdo o descaso que está sendo feito ao povo brasileiro. Estão nos transofrmando em um bando de escravos, que tem como missão de vida apenas o sacrifício para gerar acumulação de riqueza a ser usada por alguns poucos que estão no Poder.
Um Poder que se perpetua, independente às cores partidárias que possua. Todos são um mesmo lado de uma moeda de troca, prostituida e sem qualquer valor.
Transcrevo um editorial da UOL (http://fontanablog.blogspot.com/2008/12/incerteza-soberana-editorial-folha-de.html) que revela a razão de minha indignação, que espero tenha eco com todas as pessoas minimamente sérias deste país.
Caso contrário só nos restará rezar para Deus continuar sendo brasileiro. Se tiver coragem!
editoriais@uol.com.br

A CONFUSÃO sobre o Fundo Soberano do Brasil, aprovado no Congresso e a seguir distorcido por uma medida provisória, começa pelo nome. Países com persistentes superávits fiscais (o governo arrecada mais do que gasta) e externos (sobram divisas no balanço das transações comerciais e financeiras com o restante do mundo) reúnem condições ideais para a instituição de fundos soberanos. O mecanismo é uma simples poupança: os recursos que sobram são depositados em aplicações no exterior em busca de boa remuneração. Em caso de necessidade, como numa crise, tais aplicações podem ser sacadas. O Brasil não preenche requisitos para constituir fundos soberanos. O governo gasta mais que arrecada, e faltam dólares nas transações externas. Nos dois casos, tomam-se recursos de terceiros para honrar compromissos, e o estoque de dívida pública e o passivo externo aumentam. O Fundo Soberano do Brasil, portanto, não é um fundo soberano. Trata-se apenas de um recurso fiscal e contábil para transferir gastos que seriam feitos neste ano para o ano que vem. Pode-se argumentar, a favor do governo, que é desejável, num ano de desaceleração econômica, sustentar investimentos públicos em infra-estrutura. Mas não se justifica a edição de uma medida provisória a sete dias do fim do ano que, a pretexto de dotar o fundo com R$ 14 bilhões (0,5% do PIB), modificou o que o Legislativo acabara de votar. A MP abre brecha para o governo financiar, a seu arbítrio, gastos não-financeiros à custa de dívida nova. Esse dispositivo produziu ruínas financeiras no passado e deveria estar extinto. O Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal precisam reagir depressa.

sábado, 20 de dezembro de 2008

"FUNDO SOBERANO" - A QUEM OS SINOS DOBRAM...

Estarrecido li a matéria de que o Senado aprovou no dia 18/12/08 o Projeto de Lei que cria o Fundo Soberano.

O senador Aloizio Mercadante (PT-SP), relator do projeto, defendeu a criação do Fundo, “como um instrumento de defesa da produção e do emprego em épocas de crise. A capacidade de investimento tem de ser preservada”. A pergunta ao Senador: O que é Capacidade de Investimento? Vossa Excelência está defendendo a Produção e o Emprego de quais países? Como é que o Brasil entra nessa?

Segundo a própria notícia, se os recursos do fundo forem sancionados, deverão ser usados apenas para investimentos e inversões financeiras sob aquisição de ativos financeiros externos, mediante aplicação em depósitos especiais remunerados em instituição financeira federal ou pelo Ministério da Fazenda, nas cotas do Fundo Fiscal de Investimentos e Estabilização (FFIE), que deverá ser instituído.

A questão dos sinos está realmente na finalidade dita na notícia de que "os recursos serão usados apenas para investimentos e inversões financeiras sob aquisição de ativos financeiros externos".

Será que isso significa o que estou entendendo? Será que os recursos de várias origens serão juntados para adquirir títulos estrangeiros que se encontram na iminência de se tornarem "podres"?

Socorro! Que Deus nos Ajude...