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quinta-feira, 15 de abril de 2010

Banda Larga e os Tributos


Em tempo de eleição a transparência "vai passear" por outros lugares. Não fica por aqui não...

A questão do envolvimento de pessoas ligadas ao Governo (mais especialmente ao Presidente Lula) com grandes INTERE$$E$ na revitalização de determinadas "empresas", que oferecem oportunidade de fabulosos ganhos a uns pouco apaniguados.

A notícia abaixo toca num ponto essencial; a carga tributária enorme que incide sobre tudo, inclusive nos serviços de banda larga. Se essa for a intenção do governo (reduzir o custo da banda larga mediante a redução da carga tributária) seria recomendável que fosse amplamente divulgado qual é a carga atual de tributos e quanto se pretende reduzir e quando, de fato, beneficiará o bolso de cada um de nós (eu ainda acredito que isso seja possível neste país. Como sou tolo!).

Claro quer condições iguais de entrada no mercado de banda largaFonte: Valor Econômico 
 O presidente da Claro, João Cox, voltou a defender a urgência da expansão da banda larga no país e afirmou que não vê problemas na atuação do Estado na infraestrutura para o setor. "Se as condições são simétricas, (o mercado) tem de ser competitivo, pode ter o Estado. Aquele que for mais eficiente, vai levar a banda larga", afirmou o executivo em evento promovido pela companhia em São Paulo. Segundo Cox, também deveria ser levado em consideração, para a expansão do sistema, o alto imposto pago pelos clientes para o serviço, que hoje chega a 40% do valor da banda larga no país.
 Em meu entender o custo tributário, quando corretamente avaliado e mensurado, corresponde a - pelo menos - 50% do valor cobrado na Fatura.

É muito dinheiro arrecadado sem que se reflita em qualquer benefício ao cidadão. Claro que há muitos políticos interessados em receber uma parte dos recursos públicos. Mas isso já é uma outra história.

Enquanto isso vemos uma crescente população carente de comunicação e sem que haja qualquer mudança na situação atual. BANDA LARGA JÁ!

Nem que seja para dar proveito aos políticos oportunistas para divulgarem seus "santinhos eletrônicos"...

terça-feira, 13 de abril de 2010

Tempos Modernos às avessas

É assim que os Sindicalistas e Líderes do PT ainda imaginam que seja a relação entre trabalhadores e empresários.
Já estão mumificados e acreditam que o mundo é dividido entre os que têm e não têm dinheiro.
Há algum tempo venho conversando com várias pessoas sobre a questão da PEC que reduz a jornada semanal de trabalho de 44 para 40 horas.

Sei de Deputados, coerentes com sua linha de pensamento e vontade da maioria de seus eleitores, que votarão contra a medida; ainda que isso possa lhes trazer impopularidade (ao menos no meio da grande massa, que pensa com o estômago, apenas). Isso é um ônus político enorme, pois sempre que forem candidatos, esse tipo de votação populesca será lembrado contra eles...

Imagino ser muito difícil derrubar tamanha asneira num ano eleitoral. A imprensa apresentará, como sempre faz, os quadros dos que votaram a favor e contra a emenda. E, também como sempre, não se darão ao trabalho de apresentar qualquer informação adicional sobre as consequências do ato.

Acabo de ler um texto que me chamou a atenção. Trata-se da notícia da Agência Câmara, informando que "Redução de Jornada ampliará a automação da indústria".

Agora começam a ficar claras algumas das possibilidades arquitetadas:
  1. É uma PEC eleitoreira, que favorecerá todos os candidatos que votarem favoravelmente à sua aprovação.
  2. As consequências futuras serão sempre atribuídas às "práticas do capitalismo selvagem", contra o trabalhador.
  3. A redução dos postos de trabalho (ao menos o tipo de trabalho que é facilmente substituído por tecnologia acessível) é uma consequência natural, decorrente da própria evolução tecnológica. Só que os empresários que tomarem essa medida terão, por desculpa, o aumento de custo gerado pela redução da jornada de trabalho.
  4. As empresas que não tiverem condição de investir na tecnologia, por questões de capital ou especificidade de sua atividade, encontrarão meios de promover-se na esteira da "responsabilidade social", ou criando uma nova categoria de trabalhadores com custos sociais menores (tudo em favor do "emprego": novos postos ou manutenção dos anteriormente existentes).
  5. A vantagem somente ficará com as empresas vendedoras de tecnologia e com os lobistas de plantão.
Agora, convenhamos... pedir a um Deputado que "pense no povo", mesmo em época de eleição é pedir demais, não é?

Aliás... será que há, ainda, pessoas que pensam em nosso país?