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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Bolhas de Sabão...

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Quem se lembra da alegria ao produzir, pela primeira vez, uma bolinha de sabão, que ia crescendo na ponta de um canudo...

Na minha época de criança esse canudo era conseguido quebrando os galhos dos mamoeiros, que são ocos e permitem soprar através deles. Claro que deixavam um gosto amargo na boca; só que o prazer era muito maior que o incomodo que era esquecido pelas infindáveis brincadeiras naqueles maravilhosos dias da infância.

Bolinhas de sabão! Quantos sonhos elas levam para longe; ou para bem perto. Algumas nem mesmo chegam a tomar forma, estourando e espirrando gotas de água com sabão em nosso rosto.

Nunca vi nada mais frágil. Qualquer coisa e pronto. Rebentavam, sem barulho, apenas deixando o gotejar d’água como sua única lembrança da curta existência.

Acho que quando uma criança resolvia fazer bolas de sabão ela devia emitir ondas sonoras para as demais crianças. Em poucos minutos ao seu redor juntava um bando de crianças; todas com seus canequinhos, canudinhos de folha de mamoeiro molhando-os na água e soltando o ar para caprichar nas bolas.

O começo parecia difícil para todos. Ninguém conseguia ter facilidade, desde o princípio em fazer belas bolas. Até que, num momento qualquer, as bolas passavam a sair: grandes bonitas, algumas com cores do arco-íris... Era uma beleza! Havia até aqueles que soltavam suas grandes bolas ao ar como se fossem mágicos. Aliás, tudo era magia nessa época!

Ainda continuo com essas lembranças bem vivas em minha mente. Essa (a das bolas de sabão) veio quando assisti, e depois li, várias interpretações sobre o que aconteceu na cidade do Rio de Janeiro, faltando cerca de 10 dias para a da eleição no Brasil. Houve um aparente confronto entre as torcidas (é o que parecem, no fundo, esses militantes que brigam, falam mal, discutem, sempre com base na “opinião de outros”, já que nunca tem suas próprias) que culminou nas cenas gravadas pelo SBT (a cabeça do candidato Serra sendo atingida por uma pequena bola de papel) e outra, feita por um celular, gravando a cabeça do candidato sendo atingida por outro objeto, descrito em detalhes pelas emissoras de televisão, auxiliadas por perito especialista, na busca de esclarecer detalhes do objeto e o possível ferimento causado. Nesse sentido achei muito apropriada a divulgação do fato. Deixou de ser a “fraude” bradada pelo Presidente Lula, defendendo sua turba e sua candidata, claro.

Numa análise bem rápida percebemos que o Brasil não conseguiu consolidar sua democracia (mesmo que relativa, no dizer do General Geisel) devido a tanta palhaçada e ganância em tomar de assalto o poder e poder assaltar as riquezas do país (quase digo nação. Que pena! Há uma nação Ianomami, constituída pelos poucos índios que vivem na riquíssima região do Brasil e Venezuela; mas ainda não há uma nação brasileira).

De acordo com a física, estabelecida na 3ª Lei de Newton, que "afirma" que a força é a expressão física para a interação entre dois entes físicos [ou entre duas partes de um mesmo ente], definindo então a direção, o sentido e a igualdade dos módulos das forças de um par ação-reação. Infelizmente as forças políticas, ainda que pareçam contrárias, totalmente antagônicas, ajustam sua força numa mesma direção, que é a de locupletar-se com o erário, no menor tempo possível. Aqueles que se mantém no cargo por muitas jornadas é para amealhar mais ou garantir sua “imunidade” garantida pelo cargo “legitimamente ocupado pelo sagrado sufrágio universal”.

E de tirar o fôlego!

Pois é essa a “democracia” que conquistamos após a saída do governo militar (denominado de ditadura, até que bem adequadamente). Só que o novo modelo de governo que estamos presenciando, e do qual NINGUÉM FALA ABSOLUTAMENTE NADA é muito pior que uma ditadura, seja de direita de esquerda, de militares ou de visionários. Vivemos numa variação da autocracia gerida por um tirano e seus apaniguados. Todos em busca da sua causa seja ela qual for e que interesses possa ter. É uma reedição piorada e muito ampliada dos grandes líderes destruidores que tivemos na história do último século. Não apenas Hitler, que é o primeiro a ser lembrado. Falo especialmente de: Pol Pot, no Cambodja; Mao Tse-Tung, na China; Fidel Castro, em Cuba; François Duvalier (Papa Doc), no Haiti. Além dos atualíssimos (não menos terríveis): Hugo Chaves, na Venezuela; e, Evo Morales, na Bolívia.

Ou você acredita que a perpetuidade no poder, buscada por todos eles, não tem nada em comum? Reflita apenas um pouco mais...

Na atual democracia que estamos vivendo, a pequena liberdade que parece existir (não acredito no chamado “estado democrático de direito”), poderá passar a ser apenas para agradar a Rainha da Inglaterra.

Nosso risco é que a democracia, ainda jovem e sem muito jeito que estamos construindo, possa ser derrubada com uma bolinha de papel.

Tão frágil quanto as minhas bolinhas de sabão…

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A Origem e Finalidade do PT

Bandeira A Democracia é caprichosa! Somente ela admite a convivência de pessoas com variadas tendências políticas ou ideológicas.

A possibilidade de alternância de poder, sem que haja sufoco (ou eliminção) dos considerados “inimigos políticos”, quando derrotados nas eleições, dá um certo conforto e quase certeza de que haverá continuidade…

Nos velhos arquivos encontrei o texto abaixo. De tão antigo não há mais sinal de sua autoria. Entretanto, mantém a coêrencia e a atualidade, especialmente num tempo de eleição presidencial.

Que possa parecer desnecessário, pois estamos num Fórum de Debates, gostaria de solicitar especial atenção ao relato que estou fazendo a seguir. É baseado em informações que recebi durante uma conversa que ocorreu em meados de 2002, portanto pouco antes da ascensão da candidatura Lula à Presidência da República.

Creio que todos nos recordamos do início do ano eleitoral de 2002. Bush como Presidente Norte-Americano (cargo conquistado de forma inexplicável). No Brasil despontava a candidatura de Ciro, aparentemente o preferido dos banqueiros norte-americanos. O PFL, tendo em conta o prejuízo que o voto vinculado lhe causaria, provoca um “escândalo” com a Roseana que lhe possibilita “desgrudar-se” da aliança que mantinha com o PSDB. Como bom estrategista o Partido vê a oportunidade de fortalecer-se crescendo nas bancadas do Senado e da Câmara, alem de tentar o governo em alguns Estados. Tanto é que, após a fase do desligamento não se falou mais de Roseana ou da origem do dinheiro encontrado em poder de seu marido. Ficaram restritos aos seus “cantos”.

O Ciro – por sua própria ação – despenca do cenário eleitoral. As novas possibilidades são incertas. O então Presidente FHC mantém um discreto apoio ao candidato de seu partido: José Serra. Garotinho tenta alguma evolução apoiado nos evangélicos. Não foi suficiente. Lula vinha mantendo-se com os mesmos clamores da “direita” que se declarava temerosa de uma eventual vitória petista. Os outros candidatos não oferecem motivos de relato especial. Essa indefinição foi até junho, com algumas cartadas do PSDB favorecendo seu candidato mediante uso da mídia (Rede Globo, especialmente; que chegou a fazer transmissões através da rede de antenas parabólicas, levando Futebol e Discurso pró Serra). Parecia que o candidato chegaria liderando ao 1º turno; o segundo candidato poderia ser Garotinho ou Lula. O Ciro já estava “fora da jogada”.

O posicionamento de Serra destaca-se por parecer manter-se “independente” das ações de FHC. Tem opiniões que contrariam aos interesses do Poder Instituído. Começa a ficar isolado... sua atitude quixotesca apresentando “alvos e metas” que a população não consegue (até por causa da distorção provocada pela mídia) entender a pretensão do candidato. Sente que tem um discurso nacionalista duro; contra a ALCA e as dependências que o país vinha caminhando, ao capital internacional e a importância de uma administração “forte”.

A partir daí a candidatura Lula ganha um importante cabo eleitoral. O próprio Presidente FHC – que abandona qualquer apoio efetivo ao candidato do PSDB – passa a agregar votos e confiança ao candidato Lula. A direita reage! Só um pouquinho e só no princípio. Depois mantém uma crítica discreta; mais para dizer que “esta contra”! no fundo fica claro que “não existe mais o ‘temor’ da entrada do PT no Governo”. As ações eleitorais cristalizam-se entre os candidatos do PT e do PSDB.

Agora o relato que ouvi nessa época (meados de 2002). A mudança de apoio da “opinião pública” (claramente manipulada pela mídia e caciques políticos) é muito clara. A razão para isso? É simples... e estarrecedora (ao menos foi para mim à época). O objetivo é “acabar com o PT”. “Ele já havia cumprido o papel que lhe havia sido destinado quando de sua criação”.

???

Como assim?!?

O relato, a seguir, ainda que não esteja entre aspas, é de terceiro. E é o seguinte:

- O PT foi uma criação (invenção) do General Golbery do Couto e Silva. Sim. Você leu direito. O PT foi uma idéia concretizada pelo General que ocupava a Casa Civil no Governo Figueiredo. E as razões são simples:

- O Governo Militar já havia se esgotado e passava da hora de entregar o poder, novamente, aos civis. Era uma missão que o General Figueiredo tinha “ordem” de cumprir integralmente. Era o momento de se promover a abertura. O retorno de todos os exilados políticos que viviam em outros países... dentre esses exilados alguns nomes conhecidos: Arraes, Brizola... Brizola! Um líder temido pelos militares. Dono de um carisma e um poder muito forte sobre os trabalhadores brasileiros. Ainda era viva a lembrança do PTB de Getúlio, de João Goulart “a quem muitos brasileiros idolatravam”. Era um temor muito forte dos militares que, caindo o poder na mão de algumas pessoas, houvesse a retaliação vingativa contra os mesmos. É provável que tivessem consciência dos atos cometidos e antevissem o julgamento que eles próprios fariam, se em campos contrários...

Era preciso, então, minar o poder desses exilados, antes que se mobilizassem e conquistassem o apoio do povo... naquele momento, final dos anos 70 o Brasil experimentava, especialmente em s. Paulo, na região do ABC, o enriquecimento proporcionado pela indústria, notadamente a indústria automobilística que agregava um grande número de trabalhadores com uma remuneração privilegiada em relação aos demais trabalhadores de outras áreas. Nascia o Metalúrgico. Uma atividade invejada por muitos. Era um grande status trabalha em uma das montadoras, naquela época. Essa mesma indústria, entretanto, tinha sua estratégia definida em seus países de origem, de acordo com a estimativa que faziam de crescimento ou diminuição do mercado consumidor. Ao final dos anos 70 ocorreu, também, o 2º choque do petróleo, provocando uma recessão da economia mundial e, conseqüentemente, no Brasil e no seio dos metalúrgicos. A dispensa dos trabalhadores gerou o crescimento dos sindicatos e estes passaram a ter algumas conquistas, decorrentes do trabalho e militância desses trabalhadores.

Foi visualizando essa situação que o astuto General provocou a gestação de novas lideranças no seio dos trabalhadores. Apresentando-lhes a importância de uma atividade política coordenada e permanente que possibilitasse a manutenção dos direitos de todos os trabalhadores. As lideranças nós ainda nos lembramos; a conclusão também. Foi fundado o Partido dos Trabalhadores com uma liderança muito forte; de um líder nascido no seio do, quase certamente, maior centro de trabalhadores do Brasil. O chamado ABC.

Em que isso interessava aos generais? Ora, dividindo-se os trabalhadores brasileiros em mais de uma liderança haveria, sem dúvida, o enfraquecimento de quem estava para chegar ao país. E assim foi. Não contente com essa divisão, foi imposto uma nova cizânia. A antiga sigla do partido PTB era também disputada por Ivete Vargas, que se dizia “herdeira” do PTB. Foi um Brizola amargurado por mais uma derrota que nasceu o PDT. Que chegaria em terceiro lugar na primeira disputa para presidência, pelo voto direto, nas eleições de 1989. o General tinha razão de o temer!

Muito bem! Essa, segundo o relato que recebi, a origem e a razão principal da criação do PT. E qual o motivo de se “acabar com o PT” neste momento (meados de 2002)? A explicação foi tão ou mais fantástica que a de sua origem...

A melhor maneira de facilitar o ingresso do PT era “combinando” que ele se incumbiria de fazer reformas estruturais extremamente importantes e necessárias ao País. Especialmente a Reforma da Previdência, que causaria uma grande perda à classe trabalhadora. Somente um partido identificado com esses trabalhadores é que conseguiria “realizar essa missão árdua” sem que houvesse uma agitação popular. O PT estaria entrando, então, para realizar o “trabalho sujo” que os outros partidos não conseguiram ou temiam fazer. Esse desgaste de aprovação de reformas anti-populares provocaria, também, um desgaste do partido, acelerando sua queda...

Pois é! Esse o relato. O resto dá pra sentir na leitura dos jornais diários e acompanhamento das notícias da mídia. O desgaste que está sendo imposto ao PT vem colocando em risco as instituições nacionais; aparentemente os arquitetos dessa ação não temem nenhum risco e continuam com a execução do que foi planejado!

É isso aí. Quem viver verá...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

“Eleitor é culpado pela atual falta de segurança no Brasil”

Essa a manchete que antecede a matéria apresentada na manhã de hoje no Bom Dia Brasil.

Concordo!

Todos somos responsáveis! Ninguém está isento dessa responsabilidade, ainda que possa ter alguma graduação.

Por exemplo: quem vota em político sabidamente Ficha Suja, Incompetente ou outra má qualificação É REPONSÁVEL pelas falhas que existem nos diversos sistemas brasileiros, como: Educação, Saúde, Segurança, Cidadania, Distribuição de Renda, geração de Renda, etc.

Como é possível aceitarmos que o TSE autorize os Partidos Políticos receberem candidaturas de pessoas com visível restrição para tomarem posse, caso sejam eleitos? De quem é a responsabilidade, nesse caso? do TSE? do cidadão que não cobra a tibieza dos tribunais? dos partidos que só querem benefícios pessoais? Ou, novamente, no eleitor totalmente despreparado, irresponsável e ignorante?

Aos meios de comunicação também cabe uma certa responsabilidade. Afinal são eles que, por razões próprias e nem sempre dignas, que endeusam políticos de moral (competência e honestidade) duvidosa.

A corrupção está cada vez maior. Agora, reclamam alguns corruptores: “Temos de dar dinheiro mensalmente até para os contínuos das repartições públicas.”

E tudo isso aumenta o custo coberto pelos elevados impostos que pagamos. E TODOS NÓS PAGAMOS IMPOSTOS, mesmo aqueles que recebem recursos do Bolsa Família. Os impostos estão em tudo o que fazemos.

Por que é tão alto? Para que o Governo possa aceitar os preços superfaturados com as diversas propinas que têm ser paga para Políticos, Secretários, Ministros, Vereadores, Prefeitos, Deputados, Governadores, etc.

A culpa de tudo isso? Só pode ser nossa, na qualidade de ELEITOR IRRESPONSÁVEL e DESPREPARADO!

Uma pergunta: Por qual razão eu briguei tanto, e durante tanto tempo, para que voltasse a democracia e o sagrado direito de voto?

Caso só queira conhecer a matéria ela está apresentada abaixo:

 

Segurança pública: um assunto que precisa ser muito debatido neste segundo turno das eleições. É a oportunidade de nós, eleitores, batermos no peito e dizermos: “nostra culpa”. É lamentável termos que fazer isso, mas fomos deixando. Viramos um país fora da lei.

Acreditamos nas mentiras das autoridades, que justificam o crescimento do crime dizendo que no mundo é assim. Agora, eu ouço na rua brasileiros e brasileiras pensando em ir morar no Chile, onde há segurança.

Somos um país incomparável: 50 mil homicídios por ano. Isso dá 137 assassinatos por dia. É um avião grande caindo todos os dias e nós não nos escandalizamos com isso.

No Rio de Janeiro, a convivência vem de longe, com a contravenção do bicho. E se espalhou para assaltos coletivos, arrastões. São Paulo tem crime que chegou a fazer ataques de guerrilha urbana. A capital do país imita Rio e São Paulo. Nem a organiza Curitiba escapa. Nem mesmo as cidades outrora pacatas do interior do Brasil.

Nós não nos damos conta de que no Iraque e no Paquistão, hoje, morrem menos pessoas de morte violenta que aqui, no nosso Brasil abençoado por natureza. Nós ajudamos a enfraquecer as leis abençoando a esperteza e julgando que lei é para trouxa. Nossas atitudes pouco civilizadas na desorganizada vida urbana brasileira.

Nós elegemos os que fizeram leis boas com o crime, que beneficiam os engravatados do crime, que dão exemplo para os menores. Os fora-da-lei têm mais direito que as vítimas. Os juízes são amarrados pela lei. Os presídios não recuperam. Enfim, nós deixamos. Algemamos nossa cidadania. Se não encontrarmos as chaves para abrir a nossa vontade de segurança, vamos condenar ao medo de reféns nossos filhos e netos.