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terça-feira, 15 de outubro de 2019

PREMONIÇÕES. Chegou o tempo de sua realização?

Sempre que vemos a realidade um pouco mais próxima de nós, aumentada em muito o seu tamanho (aquele, que nos parece normal), ficamos pensando: "Será que estou no tempo e lugar certo? É este o mundo que escolhi?"

A surpresa que temos quando vemos as notícias sendo apresentadas, mesmo quando conseguimos identificar o fato ocorrido, as versões que são apresentadas nos fazem refletir sobre qual a verdadeira intenção por trás de cada notícia; a quem eles (os que editam e divulgam essas versões) pretendem que entendamos e tracemos nossas ações.

Claro que estou afirmando, sem qualquer disfarce, que todos nós estamos sujeitos a manipulação mental durante todo o tempo... Não sei se na fase do sono deixamos de receber estímulos... É muito forte e consolidada a maneira que podem nos afetar nos julgamentos que fazemos a toda hora.

Sobre essa questão recomendo que assista o documentário intitulado: "Privacidade Hackeada", baseado nos escândalos protagonizados pelo Facebook. Pode ser acessado no NETFLIX. Vale a pena, em minha opinião, conhecer as várias situações em que nossa vontade é determinada por interesses que desconhecemos.

Nesta final de semana, com direito a comemorações diversas, tais como: (i) Dia das Crianças; (ii) Feriado pela comemoração do Dia de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira do Brasil; e, (iii) Canonização de Irmã Dulce, muitas variações de versões foram produzidas e colocadas nas mídias e meios de comunicação massiva.

Vimos que há pessoas que fazem o bem de forma unida e, aparentemente descompromissada. Foi assim que Irmã Dulce conseguiu realizar muitas de suas ações, contando com apoio e recursos que lhes chegavam às mãos por meio de doações de políticos e empresários baianos.

A comitiva brasileira presente, com várias autoridades dos três poderes, era grande, sem dúvida. Tudo às expensas dos contribuintes nacionais...

Outro fato que chamou a atenção de muitos foi o discurso feito pelo Bispo de Aparecida do Norte, lembrando os males do "dragão do mal" e a "direita cruel". (sobre essa questão ainda não consegui entender qual a intenção ou sobre qual fato ele apresenta essa versão)

Também temos um surpreendente silêncio de todos os ecologistas do mundo e do Brasil, que até pouco tempo insistiam em comentar sobre os "incêndios na amazônia" e que agora, diante do grave acidente (ainda não revelada a sua origem) com petróleo derramado no litoral do nordeste brasileiro vem matando e causando sérios problemas a muitas cidades, que vivem do turismo para garantir suas economias. Surpreendente a aparente passividade com que as autoridades aparentam estar tratando essa questão (ou a falta de divulgação pela mídia de ações em andamento).

Um outro fato, iniciado na semana anterior, trata do SÍNODO DA AMAZÔNIA e seus objetivos, que estão claros a quem identifica a intenção do mesmo: promover ações para reafirmar falsas versões e acusações. Tanto fizeram que vários cardeais da Igreja Católica acabaram se manifestado e demonstram clara aversão aos atos divulgados por outros. E tudo isso me fez lembrar de um fato ocorrido comigo.


...

Há muitos anos, creio que foi por volta de 1994 / 1995, eu costumava, aos domingos, fazer regularmente um exercício de meditação dirigida. Estava em um daqueles momentos de descoberta de verdades; ainda que um tanto esotéricas.

Morava em Curitiba e, regularmente, aos Domingos pela manhã, depois de comprar os jornas "A Gazeta do Povo" e "O Estado do Paraná", me sentava em uma poltrona, de costas para a janela, e começava a folheá-los. Ia lendo e sorvendo todas notícias relatadas de acordo com o viés de cada jornal. Claro que sempre houve tendências divergentes, acredito que desde a época que antecedeu a famosa Revolução Francesa (a qual, em minha opinião, não mudou absolutamente nada), essas divisões, cada vez mais mostravam o que buscavam: o populismo travestido de “progressista” ou o desenvolvimento, baseado em políticas liberais (chamadas de fascistas ou antidemocráticas). Depois de ter lido, ainda que rapidamente, as principais manchetes e feita a comparação para ver como "cada um dos lados" se manifestava sobre o mesmo assunto, ficava quieto e pensando comigo mesmo por um bom tempo, Depois eu me concentrava em alguma pergunta pessoal, e entrava numa espécie de transe, até conseguir alguma resposta ou ser chamado para o almoço.

De acordo com os resultados dos estudos que vinha fazendo, haveria uma mudança radical no desenvolvimento da humanidade; tudo fundamentado no que vinha sendo prometido para qualquer momento futuro. Muitos diziam, naquele momento, de que o "NOVO CRISTO" já vivia entre nós, ainda "não manifestado"...
Certa vez a pergunta que havia formulado, depois de ver a quantidade de desacertos entre os representantes religiosos e provavelmente baseado nos estudos esotéricos que vinha fazendo, surgiu em minha menta a pergunta que era a seguinte: "QUEM É O ANTICRISTO".

Com essa pergunta em mente, entrei em meditação e deixei a mente flutuar livremente até que chegou a resposta e me causou um grande choque:

O Papa é o anticristo...

E essa resposta, à qual ainda não tive como modificar até hoje, eu conheci há mais de 25 anos...

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Eleições de 2018 - Nada mudou?


Faz muito tempo que deixei de registrar neste espaço as minhas indignações com relação ao que é propagado pela mídia em geral – e atualmente mais massivamente pela Internet – distorcendo as informações veiculadas, distanciando-as da verdade e promovendo – cada vez mais – as mentiras que modificam a forma de pensar das pessoas. Sem dúvida são grandes manipuladores e “apagadores” das memórias e lembranças vividas por nós.

Comecei a registrar minhas observações em 30 de dezembro de 2008 (pode ter sido antes dessa data já que parece que alguns dos textos desapareceram...). No texto que está no Blog, com o nome de IncertezaSoberana faço alertas sobre a criação do Fundo Soberano, que – de fato – transformou-nos a todos em escravos, massa de manobras políticas.

Se analisarmos sob o ponto de vista criminoso a ideia concebida e concretizada é bastante inteligente e permitiu aos que estavam no poder a condição de nele perpetuarem-se, desviando grandes somas de dinheiro e riquezas produzidas pelos brasileiros. E aqui vale uma observação, os criminosos no poder não se detinham em buscar “salvaguardar” os trabalhadores, os idosos, as crianças, etc. Todos foram penalizados e condenados a pagar com trabalho ou com a vida (falta de saúde, educação, segurança) o dinheiro que foi criado para abastecer os largos bolsos dos políticos que dominaram o poder...

Tudo o que foi falado na época ficou abafado pela mídia e pela desconstrução da verdade. A grande maioria, na verdade, não prestou a mínima atenção para a gravidade do que estava para ser cometido contra o povo brasileiro, que é quem, de fato, gera a riqueza que vem sendo expropriada e aproveitada por essa classe de políticos (um eufemismo para bandidos?).

É desalentador observar que 10 anos se passaram e a situação geral do país e do povo em geral sofreu grandes perdas.

Nestas eleições, que tem sido a mais disputada que já vivenciei (inclusive com atentado a candidato. Na eleição de 2014 não ficou configurado como atentado a morte do candidato a presidente Eduardo Campos), o que se mostrou é que muitos acabaram se aproveitando do momento para garantir seu lugar na vida política. Ainda que tenham substituído velhas figuras parecem terem sido criadas pelos mesmos oportunistas que se mantém escondidos, por trás das coxias...

Vou citar alguns dos novos (que não são nem melhores nem piores do que os outros que deixei de apresentar) que passaram a ocupar cargos no Senado, na Câmara Federal e nas Assembleias Estaduais:
Paraná:
- Flávio Arns (REDE) 
- Prof. Oriovisto Guimarães (PODE)
Rio de janeiro: - Flávio Bolsonaro (PSL)
São Paulo
- Mara Gabrilli (PSDB) 
- Major Olímpio (PSL)
Deputados Federais
São Paulo:
- Eduardo Bolsonaro
- Joyce Asselmann

E etecetera... não vou fazer a lista de todos os novos que entraram e nem fazer a lista dos que deixaram o conforto de seus cargos e, principalmente o foro privilegiado que lhes protegia contra andamento de processos ou mesmo da prisão.

E foi assim em todos os estados e no distrito federal! Uma quantidade de pessoas que há cerca de 2 anos começaram a fazer notícia bradando sua indignação contra os políticos em gral. Foi nessa esteira que a grande maioria se engrandeceu e passou a ter o nome reconhecido pela população que iria votar...

O que mais está surpreendendo destas eleições é o fortalecimento dos eleitores em grupos formados pelas mídias sociais. A mídia tradicional demonstra que não estava preparada para essa revolução na comunicação; por isso a vantagem de candidatos que usando de inteligência e ferramentas adequadas estão se mantendo em destaque junto ao eleitor. E com orçamentos modestos.

Os candidatos que investiram fortunas em suas campanhas tiveram resultados pífios, sem qualquer comparação àqueles que usaram de inteligência e se valeram de mídias sociais.

É um novo tempo, sem dúvida. Já havíamos percebido essa força por ocasião das eleições americanas que sagraram Obama como vencedor. E, ainda assim, as velhas raposas não aprenderam nada de novo, mesmo tendo passado mais de 8 anos...

Agora, na semana que antecede a votação do 2º turno das eleições presidenciais, vivemos um momento de muitas informações – em sua maioria caracterizadas como FAKE NEWS – que apenas confundem eleitores e atemorizam aqueles que não sabem, de fato, ler as entrelinhas de tudo que lhes vem sendo servido.

Enquanto isso, e sem deixar de apresentar algumas das verdadeiras razões para que o partido do governo e seus aliados estejam sendo defenestrados (como se dizia antigamente), apresento um vídeo que recebi e é atribuído a um parlamentar da bancada do Rio Grande do Sul.


Deputado do Rio Grande do Sul (segundo pude apurar)




sexta-feira, 15 de julho de 2016

Cidadania

Que a Ética e a Cidadania, assim como a flor do Lótus,
floresçam do lodo que nos está sendo apresentado

O Brasil tem jeito...

Temos acompanhado, desde a década passada, a quantidade de investigações realizadas pelos integrantes dos Ministérios Públicos, Federal e Estaduais, que resultam em processos formais a serem analisados e julgados pela Justiça! Trabalho sem igual no Brasil e em grande parte do mundo!

As operações denominadas Mensalão e Lava Jato são modelos que estão sendo adotados por outros países, inclusive!

Com todo esse vigor é de se esperar que haja, daqui há bem pouco tempo, uma sensível melhoria em toda a sociedade e com grandes reflexos na condução da política nacional. Certo?
Infelizmente, nem tanto...

Ainda somos – em grande maioria – um povo que é crítico severo dos crimes, impunidades, etc. quando praticados por terceiros. Por incrível que possa parecer, adora conhecer os novos escândalos que surgem... Até por que ele já se esqueceu do anterior...

A grande maioria de nós não tem memória; sequer uma vaga lembrança... Acredito que a memória deva funcionar como mero espelho; lembramo-nos apenas enquanto as imagens estão sendo vistas nas manchetes dos jornais e é assunto de rodinhas de fofocas...

Falta cidadania! Ou, como disse, com outras palavras, um jornalista de Curitiba: “Não existe Cidadão Cívico no Brasil. O que temos é Cidadão Cínico, que sabe das falhas e faltas dos outros e as condena exigindo cadeia e outras penas. Só que ele continua a cometer toda sorte de irregularidades, quando lhe é necessário ou aparece alguma oportunidade.”

Entendo que a cidadania predominante é aquela que se identifica na grande maioria das pessoas, quer sejam pessoas comuns ou autoridades. É essa predominância para o descaso e falta de caráter que devemos começar a repensar, reprimir e mudar. Mudar para atitudes éticas de qualidade (o comportamento padrão também forma princípios éticos; ainda que indesejáveis).

Até por conta de legislação criada pelo Estado, houve um aumento significativo de práticas informais (e ilegais em muitos casos) que ajudaram vários governos. Agora há uma manifestação que julga ter ultrapassado o limite do bom senso e – por isso – desejam que essa informalidade cesse. Veja o artigo Informalidadecrescente prejudica a economia, onde são apresentadas – além da sua origem – as razões para que voltemos ao Estado formal.

Há que se considerar, entretanto, a forma de pensar da grande maioria de brasileiros, ao constatar, quase que diariamente, novos crimes que são cometidos por pessoas “poderosas”, que deveriam servir de exemplo.

É preciso uma profunda reflexão de cada um de nós para que possamos dar início a uma nova condição de cidadania.


Você está disposto a começar?

sábado, 4 de junho de 2016

O estupro do brasileiro


Nesta semana, por conta de várias notícias de casos de estupro ocorridos em cidades brasileiras o tema integrou a mente de muitas pessoas. Pudemos ver, ler e assistir várias matérias em função até do posicionamento dúbio do delegado que iniciou o atendimento à menor do Rio de Janeiro.

Claro que a “oportunidade” foi fértil para surgimento de feministas, manifestações públicas, ações do congresso nacional criando novas leis, pesquisadores e analistas, apoiados por profissionais da área de comportamento humano, buscando encontrar a melhor frase, o melhor substantivo, o melhor adjetivo, etc., que causasse maior impacto popular...

De acordo como essas notícias descobri, por exemplo, que o Brasil tem a “cultura do estupro”; seja lá o que isso possa significar... Será que somos educados, mesmo antes de nascermos, a sermos estupradores e/ou estuprados?

De acordo com essas novas definições, inclusive jurídicas, sobre o significado da palavra “estupro”, pude compreender que estupro é o ato entre duas pessoas no qual uma delas não esteja de acordo em praticá-la. Mesmo assim o estuprador força o ato...

Todas as pessoas com quem convivo trabalham e trabalham bastante... Sempre buscam fazer novos trabalhos para conseguir melhorar sua renda, que se tona minguada depois de deduzidos todos os tributos que incidem em qualquer rendimento. Por mais que reclamem e julguem que a parcela que lhes é tomada é injusta e muito maior do que deveria (e poderia) ser, sem terem qualquer retorno efetivo, são obrigados a pagarem o que lhes é exigido; sob pena de ameaça a integridade e à vida. É um abuso praticado constantemente pelo Estado...

Meu Deus!!! Se essa definição valer o brasileiro vem sendo estuprado há muitos anos... a quem ele pode pedir ajuda?

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Uma questão de Mindset?

Achei interessante o relato de Mentor Neto... No fundo trata daquilo que somos ou queremos ser...

Tudo uma questão de nascer com ambição e perseguir seu sonho ou, como se diz: "fazer seu destino".

Quem sabe essa é uma das razões pela qual há o dito bíblico de que àquele que tem mais lhe será dado e, àquele que nada tem tudo lhe será tirado...

Veja que não se trata de ter-se ou não caráter; ser ou não ser honesto... Creio que essas características ficam num outro nível... O que se fala, aqui, é de sonhos modestos, ainda que nem sempre alcançados pelo Pai de Mentor Neto, contraposição ao possível sucesso de seu tio...

Veja o texto:
Meu avô deve ter sido um cara bem rico.
Imagino.
Teve algumas revendas Chevrolet e viveu uma vida bem confortável.
Teve cavalos, uma casa com cinema e tudo.
Até um veleiro no Yatch Club de Santos.
Quarenta pés. 
O Sagres V.
Era um sujeito áspero, autoritário.
Meu pai começou a trabalhar com ele. 
E como lhe foi imposto começar por baixo, começou na oficina de uma das revendas.
Não deu certo, óbvio.
Veja, meu pai sempre foi um cara bom, então ao ver como meu avô tratava os outros mecânicos e depois de muitos conflitos familiares, resolveu trabalhar em outros lugares.
Desde que me entendo por gente até se aposentar, ele foi Consultor Técnico. Consultor Técnico é um nome pomposo para o recepcionista de uma revenda de veículos. 
Basicamente, o sujeito que recebe seu carro para uma revisão.
Aos poucos, aceitou que sua condição financeira não permitia muitos sonhos. 
Nem todo mundo nasce com o chip da ambição, enfim.
Restou-lhe apenas um sonho.
Mais para frente eu conto qual era.
Então estamos em 1963, quando se casou com minha mãe (a D. Nilza, tão íntima dos que leem minhas bobaginhas há mais tempo).
D. Nilza, diferente do meu pai, sempre correu atrás do que queria. Foi secretária na Caixa Econômica por dezoito longos anos.
Até eu completar 11 anos, portanto, essa era minha peculiar situação: morava com meus pais, árduos trabalhadores no apartamento elegante de Higienópolis do meu avô quase-rico.
De um lado meu avô, abastado. 
De outro, meus pais batalhadores. 
Para mim, de um lado, o dinheiro contado, de outro, os finais de semana dormindo no Sagres V.
O veleiro fazia tão parte da família, que meu tio George, irmão do meu pai, virou fuzileiro naval.
Enquanto isso, meu pai, mesmo tentado pelo veleiro, preferiu construir um barquinho de madeira para remar na Guarapiranga.
O fato que importa é que meu pai sempre foi um sujeito de extremo caráter e não aceitaria, jamais, algum favor do meu avô - além do teto para sua mulher e filho.
Tanto caráter que até hoje quando corto a barba ou a deixo crescer, lembro dele dizendo:- Homem tem que ter uma cara só. Se for deixar a barba, tem que ser para a vida toda.
Minha vida está repleta desses axiomas do meu pai.
Truismos sempre bem intencionados, mas que inúmeras vezes me fizeram colidir de frente com ele.
Difícil para uma criança entender o contraste das duas figuras paternas habitando o mesmo teto.
Essa catraia do meu pai, o Rachacuca, era um barquinho de dois lugares, a remo.
Seu sonho - voltamos a ele - era comprar um motor de popa.
Depois de anos juntando dinheiro, o dia chegou.
Ele e eu fomos à Sears, onde hoje é o Shopping West Plaza.
O motor era mínimo. 
Três cavalos e meio.
Foi a primeira vez que vi meu pai chorar. 
Acho que foi a primeira vez que vi um adulto chorar, para dizer a verdade.
O motor tinha subido de preço.
Não foi ainda daquela vez.
A vida seguiu.
Eventualmente meus pais conseguiram comprar um apartamento e meu pai seu tão sonhado motor de popa.
E hoje estou eu aqui contando essa história simples, prosaica, quase insignificante.
Por que?
Vou tentar explicar, já que você se deu ao trabalho de ler até aqui.
Conto isso tudo, essas intimidades, porque é a história da gente que define o nosso compasso moral.
Tenho certeza que você, que está lendo este texto, tem as suas razões e sua história para ser ético e acreditar no que acredita.
Minha história e minhas razões são essas que contei aqui.
Por isso me faz um mal viceral, ver o mau-caratismo imenso de nossos políticos, ver tudo que nos falta de recursos por culpa exclusivamente desses pulhas. Dói no fígado ver tudo o que sobra em apartamentos triplex, carros importados, viagens, tudo conseguido com dinheiro roubado. Quando leio o jornal e sinto vergonha de ser brasileiro, só consigo lembrar das lágrimas do meu pai por não conseguir comprar aquele maldito motor de popa, mesmo tendo um veleiro de quarenta pés ancorado no Yatch Clube de Santos.
Queria tanto poder expurgar toda essa gente da minha vida.
Só isso.
Texto de Mentor Neto

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Fábula européia

Exibindo ATT00001.jpe
Faz algum tempo que ouvimos a história de que o Brasil seria o país da MERITOCRACIA... Será que você se lembra?
Vejam este relato que recebi, avaliem e coloquem seus comentários.
Afinal, se quisermos ter alguma mudança deveremos iniciar por nós mesmos.


Um cidadão europeu me mandou a seguinte narrativa:
Eu comprei uma casinha, destas de alimentar pássaros .. Pendurei-a na varanda e a supri com ração. Ficou uma beleza, carinhosamente não deixei faltar as sementinhas. 
Dentro de uma semana, tivemos centenas de aves que se deleitavam com o fluxo contínuo de comida livre e facilmente acessível.
Mas, então, os pássaros começaram a construir ninhos nas beiras do pátio, acima da mesa e ao lado da churrasqueira.
Depois veio o cocô. Estava em toda parte: nas cadeiras, na mesa, em tudo! Algumas aves mudaram até de ideia. Tentavam me bombardear em voo de mergulho e me bicar, apesar de eu ser seu benfeitor.
Outras aves faziam tumulto e eram barulhentas. Elas se sentaram no alimentador e a qualquer hora exigiam ruidosamente mais comida quando esta ameaçava acabar.
Chegou uma hora que eu não conseguia mais sentar na minha própria varanda. Então, eu desmontei o alimentador de pássaros e em três dias acabaram indo embora. Eu limpei a bagunça e acabei com os ninhos que fizeram por todos os lados.
Assim tudo voltava ao que costumava ser... calmo, sereno... e ninguém exigindo direitos a refeições grátis.
E o remetente da história conclui:
Nosso governo dá a comida de graça a quem precisa, habitação subsidiada, assistência médica e educação gratuita; permite que qualquer pessoa nascida aqui receba automaticamente a cidadania.
Aí os ilegais chegaram às dezenas de milhares. De repente, os nossos impostos subiram para pagar os serviços gratuitos; pequenos apartamentos estão abrigando cinco famílias; você tem que esperar 6 horas para ser atendido numa emergência médica; seu filho, cursando o segundo grau, está a procura de outra escola, porque mais da metade da sua classe não fala a nossa língua. As caixas de cereais matinais agora vêm com rótulos bilíngues. Sou obrigado a usar teclas especiais para poder falar com o meu banco no nosso idioma e a ver pessoas estranhas acenando bandeiras, que não são a nossa, e as ouvir berrando e gritando pelas ruas, exigindo mais direitos e liberdades gratuitas.
É apenas a minha opinião, mas talvez seja hora de o governo desmontar o alimentador de pássaros.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

ONTEM ROLOU O MAIOR LEILÃO DE PRIVATIZAÇÃO EM 17 ANOS – OS CHINESES LEVARAM E VOCÊ NEM FICOU SABENDO

Em relação às empresas de energia elétrica o Brasil já registrou sua perda há muito tempo. Foi na época do governo do Fernando Henrique, quando foi realizada a maior privataria da nossa história.
Atualmente vemos um registro contábil  das perdas mais a longo prazo. Até por conta do custo Brasil que o valor desse insumo irá representar na nossa economia, restringindo, ainda mais, o nosso poder de compra e a competitividade de nossos produtos no exterior.
E, na contabilidade mágica do Governo, isso será registrado como “GANHO”. Será que somos tão desatentos e sem noção de nada que acreditamos que esse discurso que vem sendo feito pela mídia tem ALGUMA VERDADE?
Vejam o fato:
FATO NOTICIADO EM BRASIL 26 DE NOVEMBRO DE 2015
FELIPPE HERMES
Por onde quer que se olhe, a Lava Jato é uma operação impressionante e de grandes proporções: são 116 presos, 75 condenados, 16 empresas envolvidas, R$ 42 bilhões em desvios e quase R$ 10 bilhões em propinas. Mais impressionante, porém, é o vigor com o qual ocorrem as operações da Polícia Federal. Se a prisão do bilionário Marcelo Odebrecht, dono do terceiro maior grupo empresarial do país, já era um feito e tanto, colocar pela primeira vez na história do país um senador em exercício atrás das grades – e de quebra levar para a carceragem o banqueiro mais alinhado ao governo – é sem dúvida um feito capaz de tornar o 25 de novembro um dia histórico. A medida da importância destes fatos, no entanto, se dá por outro lado – por um fato ignorado: o 25 de novembro foi também a data em que realizamos, com sucesso, o maior leilão de venda de ativos públicos dos últimos 17 anos.
Você provavelmente, porém, estava com os olhos em outro lugar. Sem problema. Nós aproximamos a cena.
Delcídio do Amaral possui uma carreira política atípica. Ocupou, no início de sua vida pública, diretorias em empresas estatais como a Eletrosul e a Petrobras, onde foi diretor entre 2000 e 2001, até trocar o PSDB pelo PT – onde se tornaria senador. Desde então são 12 anos no cargo – onde presidiria a CPMI dos Correios, que viria a descobrir o caso do Mensalão.
André Esteves, o outro personagem do fatídico 25 de novembro, não poderia ter trajetória mais diferente. Iniciou como estagiário na corretora Pactual em 1989 para, em 10 anos, tornar-se um dos sócios controladoras do banco, ao “demitir” seu ex-chefe e fundador do banco. Esteves entrou para o time de grandes banqueiros do mundo ao realizar grandes jogadas, como a venda de seu banco ao UBS, e a posterior recompra, aproveitando-se da crise de 2008.
Desde que reassumiu o controle de seu banco, surfou como poucos o período de crescimento da economia brasileira, realizando ao longo de 5 anos operações de fusões e aquisições no valor de R$ 30 bilhões. Foram investimentos tão diversos quanto florestas, lojas de roupas, farmácias, incorporadoras e a maior fornecedora de navios sondas para a Petrobrás, a Sete Brasil. As apostas de Esteves na Petrobrás o levaram até mesmo a outro continente, quando comprou parte das operações da Petrobrás na África.
As ligações de Esteves com o governo, entretanto, não param por aí. Em 2010 o banqueiro se uniu a Lula e Eike Batista em uma empreitada que pretendia fundir a mineradora MMX de Eike com a gigante Vale do Rio Doce, por meio da aquisição da participação do Bradesco na controladora da empresa. Em 2012, uniu-se novamente a Eike e outro velho conhecido da Operação Lava-Jato, Marcelo Odebrecht, além de Sergio Andrade (fundador da Andrade Gutierrez) e Jorge Gerdau, para formar aquele que seria o time de “empresários conselheiros” de Dilma Rousseff.
A união de tamanhos nomes, ainda em alta, pretendia criar aquilo que a revista Veja chamou de “choque de capitalismo” – o maior programa de venda de ativos públicos da história: valores superiores a R$ 200 bilhões apenas em infraestrutura, que somados aos US$ 56 bilhões de dólares em vendas de ativos da Petrobrás (anunciados algum tempo depois), tornariam Dilma a presidente que mais vendeu patrimônio público da história. O PIL, programa de investimento em logística, como ficou conhecido, tinha a intenção de destravar obras em portos, aeroportos, ferrovias e no setor elétrico. Destes, porém, apenas o setor de aeroportos pode ser considerado um sucesso. Neste setor, o maior caso de venda de ativos deu-se, por coincidência, com a venda das operações do aeroporto do Galeão, justamente para a Odebrecht, empreiteira na qual Marcelo era presidente (até junho deste ano, quando foi preso pela operação Lava-Jato). A Odebrecht comprometeu-se a pagar R$ 20,5 bilhões em um prazo de 30 anos.
O retumbante fracasso do programa nas demais áreas pode ser considerado uma das causas da economia brasileira ter patinado durante os anos seguintes. Sem conseguir realizar os investimentos em infraestrutura que suportariam, por exemplo, o bem sucedido setor agrícola, ou dariam competitividade às exportações brasileiras de produtos industrializados, e incapaz de sustentar-se apenas com o foco no consumo, a economia brasileira entrou em recessão, acentuando o desastre nas contas do governo.
Não por acaso, ao assumir a missão de tirar o governo do atoleiro em que se encontra, os ministros Nelson Barbosa e Joaquim Levy viram na retomada do programa de venda de ativos e concessões uma saída para fechar as contas. Politicamente travados em questões como a abertura de capital da Caixa Econômica, a venda de imóveis e concessões em portos e hidrelétricas se tornou a melhor das opções. Ajudados pelo destino que ajudou a manter o mais absoluto silêncio por parte de qualquer ideólogo de plantão, as privatizações de usinas ocorreram também no fatídico 25 de novembro. Foram R$ 17 bilhões, dos quais R$ 11 bilhões pagos à vista e R$ 6,5 bilhões em até 6 meses.
Um dia depois de comprar 27% da Azul Linhas Áreas, os chineses protagonizaram também o leilão de hidrelétricas. Investidores chineses também haviam comprado partes do pré-sal em um leilão realizado em 2014. Ao contrário daquela oportunidade, porém, os leilões deste ano não geraram a empatia dos manifestantes que bradavam contra o capital estrangeiro. Não houve protestos, nenhuma oposição ou gritos de que a venda da terceira maior hidrelétrica brasileira em operação atente contra a soberania nacional.
A maior venda de ativos públicos desde o leilão da Telebrás, em julho de 1998, ocorreu graças a um fator técnico ignorado pelo partido do atual governo quando ainda na oposição. Quando na oposição, o PT encampou a luta contra as privatizações de companhias de energia. Defendeu que Furnas, uma das maiores geradoras do país, continuasse pública. Poucas foram as usinas concedidas na época, todas sob a pecha de “privatização”. Ocorre que, a exemplo de hoje, os contratos firmados entre 1998 e 2000 também possuíam prazos, de 15 anos. Após este período, tais usinas retornariam à posse do governo, que então licitaria as usinas novamente, a exemplo do que está fazendo hoje.
A dúvida persistente entre o que seriam privatizações ou concessões ao final pouco interessa. O repasse de ativos públicos para a gestão privada tornou-se uma unanimidade, cabendo aos governos não mais discutir quem gerencia melhor os ativos, mas quem vende tais ativos em melhores condições. Enquanto a militância luta com unhas e dentes para manter o manto ideológico intacto, o governo segue pragmático, como demandam tempos de crise, e procura a forma mais lucrativa para privatizar ou conceder, não importando o nome, mas os lucros que se obtém.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

A indiferença sem vergonha da burguesia nacional

Este artigo é uma verdadeira paulada na moleira de muita gente “boa”... Vale a pena ler.
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Relatório Reservado

Rio de Janeiro, 17 de novembro de 2015 – Nº 5.249

Rubens Ometto, Jorge Gerdau, Abílio Diniz, Pedro Passos, Roberto Setubal e Benjamin Steinbruch, só para dizer o nome de alguns dos mais destacados empresários do país que, ao menos, se dizem interessados nos rumos do Estado Nacional. Digamos que esses acumuladores de dinheiro buscam colocar uma pitada de organicidade e interesse público naquilo que é seu mantra individual: incentivos, crédito direcionado, barreira protecionista, redução dos gastos públicos, subsídios e câmbio subvalorizado. Nenhuma dessas variáveis representa, solta, o interesse nacional, ou sequer o bordado de uma política setorial consistente. As experiências governamentais anteriores revelam que o surgimento de tecnocracias eficientes somente ocorreu em sintonia com a existência de grupos influentes de empresários orgânicos, que queriam moldar o Estado a sua semelhança e ocupá-lo virtualmente.

Os empresários citados no início deste texto não operam em grupo, não falam grosso, não conspiram em bloco, não têm um projeto de país que acomode bem seus negócios, e, sim, uma dúzia de pleitos de suas empresas que ignoram o Brasil. Os empresários têm sido a elite que traz a inovação capaz de quebrar a inércia após ciclos de dinamismo. FHC foi se pendurar em uma penca de financistas, ligados à aristocrática banca privada brasileira – Itaú, Safra e Unibanco – e a instituições do mercado de capitais, travestidos de acadêmicos independentes, ou seja, Luiz Carlos Mendonça de Barros, Ricardo Sérgio de Oliveira, André Lara Resende, Gustavo Franco, Pérsio Arida, Armínio Fraga e outros. No início do regime militar, Jorge Oscar de Mello Flores, Walter Moreira Salles, Antônio Gallotti, Gastão Bueno Vidigal e Eudoro Villela trabalharam com afinco no apoio à dupla estereotípica da tecnocracia, Roberto Campos e Otávio Gouveia de Bulhões. No Lula I e Lula II, o próprio Henrique Meirelles, saído do BankBoston, com a anuência de Antônio Palocci, era criatura e criador. Antes, é bem verdade, tinham vindo as empreiteiras – até a estigmatização pela Lava Jato, donatárias do melhor capital humano existente no país –, a Coteminas, de José de Alencar, e o Bradesco, única instituição financeira do país com uma preocupação nacional. Com o apoio desse núcleo ascenderam Marcos Lisboa, Murilo Portugal e Joaquim Levy.

Os mais bem favorecidos perderam a amarra cívica, aquele tesão pelo país, a vontade de modelar o Estado até que ele fosse objeto de orgulho. A política empresarial é tímida, pífia e egoísta. Em pouco tempo, muitos deles sairão daqui, transferindo seus negócios para o exterior, de forma a que eles estejam protegidos naturalmente em dólar. Vai nos restar lembrar um dia 1º de janeiro, quando três anciões subiram a rampa do Palácio do Planalto esbaforidos e de braços dados, ajudando-se mutuamente, para uma frugal visita matinal ao então presidente da República, o general João Baptista Figueiredo. Roberto Marinho, Amador Aguiar e Azevedo Antunes eram a metáfora da fibra empresarial daqueles tempos. Tinham ido cumprimentar o presidente e conversar sobre o Brasil. Simbolicamente, os empresários morreram.