Páginas

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Aprendendo a Aprender...

Este texto foi elaborado em setembro de 2001, para ser apresentado em uma palestra de jovens que desejavam conhecer um pouco mais sobre como conquistar empregabilidade, bem como aos pais também presentes e igualmente ansiosos.

Observo que o conteúdo mantém-se no contexto atual. As mudanças são de ordem tecnológica e de velocidade nas informações, nada mais.

oOo

Aprendendo a Aprender!(*)

De um modo geral todos nós começamos as nossas carreiras profissionais em virtude de uma série de fatos fortuitos que nos foram sucedendo durante a fase em passamos pela nossa adolescência, ingressando na fase adulta. Há algum tempo atrás a fase da adolescência estava definida como sendo um período que ia dos 16 ou 17 até os 22, 23 anos. Hoje, aparentemente, a nossa sociedade vem admitindo que a adolescência se prolongue até após os 30 anos! Isso ainda me parece incrível! Entretanto, é fato! Mesmo assim é esperado que os jovens, a partir dos 14 anos (já vi pais que se preocupam com isso quando o filho ainda não completou seu décimo aniversário!), já comecem a pensar em qual o curso e qual a faculdade que irão fazer. Todo o direcionamento de seus estudos, suas conversas com seus colegas e, principalmente, as “cobranças” (mesmo que silenciosas) feitas pelos pais (e demais adultos com quem convive) converge, invariavelmente, para aquele curso estabelecido ou área de conhecimento. É um período de pressão máxima ao qual todos são submetidos!

Uma questão que também parece de grande relevância é o fato de que as escolas de 3o grau (faculdades) eram em bem menor número do que as existentes nos dias atuais. Até os cursos disponíveis eram em menor número, ou menos diversificados dos atualmente existentes. Embora passar pelo vestibular fosse mais concorrido do que parece ser atualmente, não podemos esquecer de que as dificuldades somente podem ser medidas pela pessoa que, de fato, esteja enfrentando-a. É sempre muito fácil comentarmos com os mais jovens de que “hoje é moleza... há cursinhos especializados na preparação de jovens que são direcionados para o curso que ele quiser! As escolas estão sempre mais próximas dos alunos. Antigamente tínhamos que viajar, de ônibus, de trem ou a pé, longas distâncias para conseguirmos levar nosso curso.”, etc., etc. e etc.

Esse discurso só serve para deixá-los mais confusos e com menores esperanças de conseguirem êxito na disputa por uma vaga em alguma escola; em algum curso. Além de tudo, os jovens ainda pensam: “Qual o curso que devo escolher? Será que conseguirei entrar em uma faculdade pública? Só que passando em uma Universidade Federal os cursos ocupam a quase totalidade do dia, dificultando que eu consiga meu primeiro emprego. Emprego!?! Meu Deus! Qual será a profissão que devo seguir? Acho que aquela que der mais dinheiro. Afinal, dinheiro é o mais importante! Além disso, acho que meus pais ficarão felizes se eu escolher uma profissão que me faça ficar rico! Uau! É isso mesmo. Vou começar a ver quais as pessoas que eu conheço e que têm sucesso para que eu possa escolher meu curso e minha escola!”

E é pensando assim que o jovem, na maioria das vezes, acaba entrando em um verdadeiro labirinto; sem saída! Afinal, a maioria das pessoas de sucesso que elas encontram está exercendo sua profissão sem que tenham feito algum curso universitário. Às vezes até encontram pessoas que alcançaram grande sucesso e nunca conseguiram fazer ou concluir qualquer curso superior. Ao se depararam com esses fatos acabam ficando mais confusas; sem saber qual rumo tomar em suas vidas.

Mesmo deparando-se com todas essas dúvidas e pressão temos que ter em mente o meio ambiente no qual os jovens de hoje vivem. Sem dúvida os últimos anos têm sido surpreendentes em matéria de novas descobertas, maiores facilidades de comunicação e divulgação de um gigantesco número de informações. As informações nos chegam por todas as formas e de todas as maneiras. Em todas as casas nós temos um maior número de aparelhos de rádio, e até de aparelhos de televisão. O número de canais disponíveis chega a centenas. Jornais e revistas bem variados. Livros vendidos até em farmácias! E, acima de tudo, há a Internet! Uma realidade admirável! Um sem número de informações, instantaneamente colocadas a disposição. Informações que só teríamos acesso, até há bem pouco tempo, após consultas de uma infinidade de livros a serem pacientemente garimpados nas poucas bibliotecas à disposição do público. Realmente vivemos na Era da Comunicação, na Era do Conhecimento! Tudo isso ainda nos soa como algo fantástico, mágico. Um verdadeiro milagre da tecnologia!

Essa é a nova realidade que está pressionando a todos os jovens que desejam ingressar na fase adulta de suas vidas, escolherem bem sua carreira e definirem, de algum modo, o curso que irão realizar. Eles merecem um pouco mais de compreensão pelo que lhes está sendo exigido, até por que eles podem simplesmente ficarem apenas pensando sem decidir, arrastando ao máximo a sua adolescência.

Os adultos, especialmente os Pais e Professores, devem começar a aprender sobre essa nova realidade que está diante de nossos filhos! Devemos começar a aprender as dificuldades que estão sendo colocadas diante de cada um deles para, então, permitir que eles aprendam a aprender. Aprendam que é possível realizar qualquer curso nesta fase juvenil pela qual estão passando, complementando seus conhecimentos a partir do momento em que suas carreiras profissionais estiverem sendo mais bem definidas. Afinal de contas a juventude é o melhor dos períodos, mesmo considerando que todos são muito bons (as brincadeiras da infância, as conquistas do adulto, a certeza da plenitude e a paz serena que a maioridade nos dá).

A proposta que estamos fazendo, portanto, é que cada um de nós passe a identificar as formas pela qual aprendemos. Se aprendermos lendo, vendo filmes, conversando, através de experiências pessoais, observando, etc. não importa. O que importa é sabermos como aprendemos. Uma das formas que podemos aprender essa habilidade é começarmos a conversar mais abertamente, sem qualquer preconceito de “adulto” com nossos filhos e/ou alunos. E com eles desenvolvermos as técnicas do aprender aprendendo.

Devemos, por isso, estarmos todos prontos para a impermanência da vida. E enquanto nela estivermos devemos continuar, a cada dia e em todos os dias, a aprender. Somente dessa maneira, estamos sempre abertos a aprender é que passaremos cada período de nossas vidas com o nosso espírito e mente eternamente jovem!

(*) Antonio Carlos Pedroso de Siqueira é Professor e Consultor Empresarial, sócio e diretor da Moore Stephens Auditores & Consultores

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Caráter: tem preço?

É verdade! Neste poema escrito pelo poeta português Sidónio Muralha nos é revelado o quanto custa termos caráter

Nesta Democracia que nos é impingida pelos poderosos, deste ou de outros países, somos obrigados a tentar sobreviver. É nessa sobrevivência que cada cidadão se vê à frente de situações que lhe provocam o caráter. Infelizmente há uma quantidade de pessoas que fraqueja. Infelizmente, também parece que essa quantidade de pesosas é cada vez maior...

Não importa! Custe o que custar; "se caráter custa caro, pago o preço".

 

oOo

Caráter: tem preço?

Parar. Parar não paro.

Esquecer. Esquecer não esqueço.

Se caráter custa caro

pago o preço.

Pago embora seja raro.

Mas homem não tem avesso

e o peso da pedra eu comparo

à força do arremesso.

Um rio, só se for claro.

Correr sim, mas sem tropeço.

Mas se tropeçar não paro

não paro nem mereço.

E que ninguém me dê amparo

nem me pergunte se padeço.

Não sou nem serei avaro

se caráter custa caro

pago o preço.

[Sidónio Muralha]

Sou Reacionário!

Recebi uma mensagem com o texto intitulado "Sou Reacionário".

A idéia é contrapor conceitos que vemos, principalmente nos livros de História, a respeito de líderes "revolucionários", "conservadores" e, em menor quantidade, aqueles chamados de "reacionários".

A atitude do revolucionário é, em minha opinião, totalmente inóqua... Ele (o revolucionário) faz movimentos que interferem na vida de todos e acaba voltando aos mesmos erros e enganos que, um dia, resolveu combater.

Todos sabemos que a Terra tem vários movimentos. Os principais são os movimentos de Translação (que é a revolução que a Terra realiza em torno do Sol) e de Rotação (que é a revolução que a Terra realiza em torno de seu eixo imaginário).

Ora, a palavra "re - volver" representa voltar ao mesmo lugar, já que implica numa dupla volta (volver).

Assim, os tão aclamados "Líderes Revolucionários", tenham a cor da bandeira que tiverem, não passam de meros agitadores que fazem com que as sociedades simplesmente se acomodem cada vez mais em sua mediocridade.

A Reação é um movimento típico do Conservador. Ele prefere ficar no terreno do conhecido, sem aventurar em novas, e incertas, experiências.

VAle a pena ler o texto e, ao menos, dedicar alguns minutos em uma reflexão pessoal...

 

oOo

Sou Reacionário

Não gosto dos sem terra e de todos os outro sem.

Dizem que isto é ser reacionário, mas não gosto de vê-los invadindo fazendas, indústrias, supermercados, Congresso Nacional, Assembléias Legislativas, Câmaras de Vereadores, Palácios do Executivo, parando ruas e estradas, ocupando linhas de trens, quebrando repartições públicas, tentando parar o lento progresso do Brasil.

Sou Reacionário.

Não gosto dos congressistas que aprovam a demarcação de áreas indígenas nas fronteiras de nosso país, maiores do que muitos países europeus, para meia dúzia de índios aculturados e (muito bem) preparados no exterior, para formar uma nação ou várias, desmembradas do Brasil.

Sou Reacionário.

Não gosto de índios insuflados por interesses obscuros parando explanação de engenheiros de estatais com facões, para parar o lento andar do progresso na construção de usinas hidrelétricas para geração de energia que tanto necessitamos (já tivemos apagões e teremos outros se não agilizarmos as novas construções).

Sou Reacionário.

Não gosto de bufões que gritam contra governos estrangeiros e vendem petróleo a eles. Não gosto de cocaleiros que estatizam empresas brasileiras sem o devido ressarcimento dos investimentos feitos em seus países.

Não gosto de esquerdistas eleitos em seus países, que querem discutir contratos firmados há mais de 30 anos, em hidrelétricas construídas com dinheiro tomado emprestado pelo Brasil, e, que nós estamos pagando com juros altíssimos.

Sou reacionário.

Não gosto de governantes frouxos que não tomam atitudes enérgicas para impedir a espoliação de nossos investimentos externos, que compram aviões de empresas estrangeiras em detrimento das nacionais. Não gosto de governantes semi-analfabetos que acham que instrução e educação não são importantes para o povo.

Não gosto de governantes que pouco trabalharam na vida, aposentados como perseguidos políticos, tendo ficado menos de 24 horas detidos, que cortam o próprio dedo para conseguir indenização e que moram ou moraram em casas emprestadas por 'compadres'...

Sou Reacionário.

Não acredito em cotas para negros e índios. Dizem que sou racista. Mas para mim racista é quem julga negros e índios incapazes de competir com os brancos em pé de igualdade. Eu acho que a cor da pele não pode servir de pretexto para discriminar, mas também não devia ser fonte para privilégios imerecidos, provocando cenas ridículas de brancos querendo se passar por negros...

Sou Reacionário.

Não gosto da farta distribuição de Bolsas tipo Família, vale gás, vale isso, vale aquilo, que na realidade são moedas de troca nas eleições, para que certos partidos políticos com seu filiados corruptos, possam se perpetuar no poder.

Sou Reacionário.

Não gosto das bases de sustentação de governos eleitos de forma minoritária, com loteamento de cargos públicos e desvios de dinheiro público para partidos e seus filiados, como nos casos do mensalão e Detran.

Sou Reacionário.

Hoje não se pode mais deixar os filhos trabalharem com idade inferior a 18 anos, mas pode deixá-los fazer sexo em casa com o(a) namorado(a), sair nas festinhas e 'raves' e para beber e consumir drogas. Podem roubar e até mesmo matar, sem serem devidamente punidos pelas faltas (somente medidas sócio-educativas) cometidas, e, com 21 anos já estão de novo na rua para cometerem novos crimes.

Estou velho.

Não quero ouvir mais notícias de pessoas morrendo de dengue. Tapo os ouvidos e fecho os olhos mas continuo a ouvir e ver. Não quero saber de crianças sendo arrastadas em carros por bandidos, crianças adotadas sendo maltratadas pelos pais adotivos, velhos jogados (ou amontoados) em asilos, ou de uma menininha jogada pela janela em plena flor de idade. Meu coração não tem mais força para sentir emoções. Estou mais velho que o Oscar Niemeyer. Ele ainda acredita em comunismo, coisa que deixou de existir. Eu não acredito em nada. Estou cansado de quererem me culpar por não ser pobre, por ter casa, carros e outros bens, todos adquiridos com honestidade e muito trabalho (mais de 12 horas por dia, seis dias por semana), por ser amado por minha mulher . Nada mais me comove...

Estou bem envelhecido!!!

Bem, sou um brasileiro 'Reacionário', indignado com as sacanagens e roubalheiras deste país.

E você ???

PENSE !!!

O melhor da Democracia não é eleger os melhores, é derrotar os corruptos, os demagogos, os mentirosos.

AUTOR DESCONHECIDO

sábado, 13 de setembro de 2008

Guerra de Interesses Pessoais

Até quando conseguiremos suportar essa guerra de interesses pessoais que - ao que parece - nos acostumamos a ver, sem reclamar, neste Brasil "novarepúblicano - especialmente pós 1988"?

Claro que sou totalmente favorável a Liberdade e à observação do Estado de Direito. Aparentemente o governo deixou de observar essas questões, já há algum tempo. É como na história da "Revolução dos Bichos"; a cada mentira dos animais governantes pega pelos outros animais da fazenda, sempre era providenciada uma boa desculpa; ou uma "medida providencial" acontecia e ninguém percebia...

Pelo que vejo estamos vivendo na Fazenda em que a história acima foi escrita. Os porcos, que lideram o governo fazem suas disputas internas para saber quem manda mais e, por isso, pode mais que os demais. E a frase repetida pela população escrava da própria inércia, falando do Porco Líder da Fazenda, chamado de Napoleão, era invariável, sempre que alguém discordava. As ovelhas baliam, sem parar a frase: "Napoleão tem razão! Napoleão tem razão!"

Aproveito essas observações para inserir um artigo da Academus (http://www.academus.pro.br/implementos/artigos/impressao_artigo.asp?codigo=1580&nome_categoria=Artigos%20de%20livre%20acesso), muito oportuno e ao qual recomendo a leitura e reflexão.

A releitura do texto da Constituição Federal, conforme vem sendo feita e aplicada pelo Supremo Tribunal Federal, não nos dá nenhuma garantia de direito individual. Neste país, já há alguns anos, não existe direito a livre expressão. Os que tentaram sumiram; ou tiveram de se retratar para continuarem vivendo sem as perseguições a que foram submetidos.

As eleições municipais que estamos vivendo são as mais apagadas de todos os tempos. Pelo jeito é totalmente dispensável irmos até as urnas par colocar o Voto. Além de muito caro. Os novos prefeitos já foram antecipadamente escolhidos. Dá dó ver os ainda iludidos que fazem com que estejamos vivendo "um momento da Democracia", ainda que sem importância; "já que o que importa, neste país é o voto para Presidente da República. No máximo para Governador de Estado e Distrito Federal". As eleições municipais estão servindo, apenas, para apresentar ao povão quem será o próximo Presidente do Brasil. Nada mais que isso. Democracia de cabresto, isso sim!

Basta ler as manchetes e artigos na própria imprensa! Ou nos jornais da TV! Quem viver (e puder continuar a ter autonomia de seus pensamentos) verá!

oOo

Categoria: ARTIGOS DE LIVRE ACESSO

Tensão entre os Poderes da República?

Autor(a): Editorial Academus


Os acontecimentos recentes da vida política nacional, em especial os episódios envolvendo as atuações da Polícia Federal e as decisões emanadas do Poder Judiciário, parecem revelar uma indisfarçável tensão, ou, para muitos, verdadeira guerra, entre os Poderes da República.
De um lado se indaga sobre os limites da atuação do Poder Executivo, especialmente por parte dos Ministérios encarregados de realizar mais propriamente as atividades executivas e, dentre as muitas atribuições, destaca-se aquela cometida ao Ministério da Justiça, em última instância encarregado de velar pelas atuações da Polícia Federal.
Expressões que ganharam destaque recentemente, como “grampolândia”, revelam o sentimento generalizado que passa a existir, ou ao menos a suspeita, de que as atividades policiais de interceptação e monitoramento de ligações telefônicas tenham escapado ao controle daqueles responsáveis pelo monitoramento ou, o que se afiguraria mais grave todavia, a prática clandestina desse tipo de operação.
Em outra ponta se manifestam eventuais prejudicados, muitos dos quais membros do Poder Legislativo, surpreendidos com acusações formuladas ou mesmo com a divulgação de diálogos ilegalmente obtidos e divulgados sem qualquer autorização judicial, em clara ofensa ao Texto Constitucional que consagra os direitos e garantias individuais, entre os quais o respeito à intimidade e a vida privada.
Em meio a todo esse quadro há que se destacar o importante papel cometido ao Supremo Tribunal Federal, órgão máximo do Poder Judiciário, nesse momento histórico que o país atravessa, a começar pela reiteração constante, em todos os julgamentos das garantias constitucionais mínimas, especialmente a presunção de inocência.
Como se não bastasse, vale ressaltar as corajosas decisões emanadas nos julgamentos de questões envolvendo as famosas omissões legislativas, em que a lentidão do Congresso Nacional em regulamentar certas matérias impedia que muitos direitos pudessem ser regulamentados e, por via de conseqüência, prejudicava a vida de muitos brasileiros.
Iniludível, pois, que em meio ao grave quadro de tensões e atritos constantes que se fazem sentir entre os Poderes da República, agiganta-se a missão do Supremo Tribunal Federal na consecução da harmonia entre todos os Poderes e na augusta missão de buscar a pacificação social.

Fonte: Portal Academus

12/9/2008

Academus.pro.br - E-mail: academus@academus.pro.br
© Copyright 2001-2008 Academus.pro.br - Todos os direitos reservados