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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Um futuro sonhado...

Já há algum tempo - quando li este artigo no primeiro número da Revista "O Cruzeiro", de 1928, - fiquei abismado com o exercício de futurologia apresentado pelo Professor Laboriau, relatando como antevia a nossa realidade no ano 2000.

Já passamos mais de uma década do ano 2000 e ainda continuamos, no mundo todo, dependentes de energias fósseis para a locomoção dos veículos, trens, navios e aviões...

Foi pelos anos 20, do século XX, que as experiências realizadas por Nicola Tesla nos EUA, findaram numa explosão, que destruiu seu laboratório e seu sonho de proporcionar - a todos, sem distinção - a abundância de energia elétrica a ser irradiada a quem dela necessitasse.

Claro que essa questão é cheia de mistérios e intere$$e$ nunca revelados...

Leia o artigo. Com certeza você irá se surpreender. Tomei a liberdade de grifar alguns trechos, para chamar sua atenção.

O Professor F. Labouriau, Cathedratico de Metallurgia da Escola Polytechnica, diz como
será o distante anno 2000.

O Cruzeiro - 10 de novembro de 1928 A Éra das Forças Hydraulicas
Anno 2000.
A população do Brasil attingiu 200 milhões de pessoas a precisarem de energia para as suas multiplas actividades: compreende-se como essa necessidade levou ao aproveitamento das forças hydraulicas. Lentamente, medrosamente, a principio, essa utilização de energia se foi, depois, aos poucos accelerando. No anno 2000 já estão longe os tempos em que ainda se importavam carvão e petroleo! Esses recursos primitivos, condemnados pelo progresso da technica, foram desapparecendo, passando a constituir apenas uma recordação historica.
Os 50 milhões de cavallos-vapor de energia hydro-electrica, utilizados no Brasil, no anno 2000, equivalendo ao trabalho mecanico de 600 milhões de homens, a população brasileira, do ponto de vista energetico, é então computavel em 800 milhões. Nessas condições, não admira que sejam enfrentados e convenientemente resolvidos os problemas da producção. As questões nacionaes são, então, estudadas por gente competente, tendo acabado, ha muito, a influencia dos politicos profissionaes. A Natureza, dia a dia dominada, é cada vez mais perfeitamente aproveitada. A luta do homem para o progresso passou a ser travada especialmente nos laboratorios de pesquisa. Ahi é que perscrutam, pacientemente, os segredos da Natureza, e dahi é que saem os processos, cada vez mais aperfeiçoados, de dominio da energia cosmica. Como estamos longe dos tempos em que nem havia Universidade no Brasil, a nao ser umas instituições de fachada, formadas por escolas exclusivamente para ensino profissional, e onde a pesquisa scientifica não se podia fazer!
Todas as actividades industriaes foram avassaladas pela energia electrica. São as industrias electro-chimicas, num desdobramento maravilhoso; é a electro-metallurgia; é, ainda, a energia para tudo. As distancias desappareceram, por assim dizer, desde que se resolveu o problema de irradiação da energia.
Lembram-se todos como começou a ser resolvida essa questão. Foi, a principio, a radio-telephonia, logo seguida da radio-photographia. Pouco depois, irradiava-se energia pra fins industriaes, e os motores electricos com energia irradiada se installaram em todos os vehiculos: bondes, trens, automoveis, aeroplanos, navios; e em todas as fabricas; e em todos os logares onde a energia se faz precisa. O problema da distribuição da energia passou, desde então, a ser uma questão definitivamente resolvida.
Transformara-se, com isso, a vida, que Nietzsche affirmou ser, essencialmente, uma aspiração á maior somma de poder, numa vontade que permanece, intima e profunda, em todo ser vivo. A luta pela existencia, pelo poder, pela preponderancia, com a nova forma de distribuição de energia passara a ser uma luta pela posse da energia electrica. A importancia dos povos se alterara, sendo regida a sua classificação pelo valor das reservas em forças hydraulicas.
É assim que o 1° lugar passara a ser da Africa, com os seus 190 milhões de cavallos-vapor hydro-electricos. Em 2° logar vinha a Asia, com 71 milhões. A America do Norte, com 62 milhões, ficara em 3° logar, e a America do Sul em 4° logar, com 60 milhoes de cavallos-vapor hydro-electricos, dos quase 50 cabendo ao Brasil. A Europa, com 45 milhões de cavallos, ficara tendo atrás de si unicamente a Oceania, com 17 milhões.
Cabia agora o dominio aos povos que dispunham de maior somma de energia hydro-electrica. Passara o tempo do imperialismo do carvão e do petroleo, e chegara a era da energia electrica. Os 445 milhões de cavallos-vapor, em que se orçara a energia total das forças hydraulicas da Terra, passaram a regular decisivamente a importancia relativa das 5 partes do mundo.
Ainda ha, no anno 2000, philosophos a indagarem se o progresso existe, affirmando que o que interessa não é poder ser enviado o pensamento á volta da terra, em alguns segundos, mas sim saber se esse pensamento é melhor, mais profundamente humano, mais justo. A vida, em todo caso, mudou completamente. Melhor? Peor? - É difficil sabe-lo. Mas, seguramente, é differente.
É a era da electricidade.
A differença entre a vida de então e a dos anteriores é alguma coisa como a differença hoje existente entre a vida dss grandes cidades e a do campo. O ambiente é outro. Outra é a organização da vida. Cada vez o homem se afasta mais da Natureza. Primeiro, liberta-se do dia e da noite. A luz artifical permitte-lhe a vida nocturna absolutamente igual á do dia; a luz solar não é mais reguladora dos habitos quotidianos. A vida em grandes aglomerações vae, aos poucos, deixando em todos os habitos a sua marca. As facilidades augmentam para tudo e os multiplos actos da vida se vão, lentamente mas constantemente, adaptando á nova ordem das coisas. O tempo se distribue de outro modo, e os affazeres são outros. Outros são, tambem, os divertimentos. Insensivelmente, as differenças se vão accentuando.
As viagens e os proprios passeios diminuiram muito, desde que, sem sair de casa, pode-se ver o que ha em qualquer parte da Terra: a televisão, juntada á telephonia, modificou radicalmente os habitos. Não ha necessidade de sair para fazer compras: vê-se, escolhe-se, encommenda-se tupo pelo telephone-televisor automatico. Não ha mais necessidade de viajar, para ver terras longinquas: é só ligar o receptor, e visita-se, commodamente, qualquer museu, ou qualquer paiz. Sómente os objectos devem ser transportados.
Na era da electricidade o rei dos metaes é o aluminio, retirado das argilas pela energia electrica. O aluminio supplantou, com as suas ligas, o ferro, pesado demais e facilmente oxydavel, e ainda substitui o papel, tão facilmente deterioravel. De aluminio são os livros. É em folhas de aluminio que se escreve.
A era da electricidade se caracteriza, essencialmente, pelo emprego da electricidade em todas as formas de energia. Energia luminosa: tudo se iluminna electricamente. Energia chimica: tudo deriva da electricidade. Energia thermica: tudo se aquece ou se resfria pela electricidade. Energia mecanica: tudo se movimenta pela electricidade.
Servindo para tudo, a energia electrica passa a ser a nova moeda. O ouro e as suas representações são formas obsoletas de medir valores. A moeda, no anno 2000, é, tambem, a energia electrica. Pagam-se as compras em kilowatts. Paga-se o trabalho en kilowatts.
A revolução trazida é principalmente nos habitos. Continúa a haver desigualdades sociaes. Ha ricos, possuidores de milhões de killowatts-horas, remediados, que têm alguns milhares de unidades de energia; e pobres, que dispõem apenas de algumas unidades. É verdade que não ha mais fome, desde a adopção do trabalho obrigatorio minimo, nas usinas distribuidoras de energia. Mas as questões sociaes continuam.
Muitos pretendem estender o dominio da actividade industrial do Estado. Parece-lhes insufficiente o monopolio governamental das usinas geradoras e distribuidoras de energia. Começou a questão a proposito da regularização do clima. Uma vez reservada para o Estado a faculdade de provocar as chuvas pela energia irradiada ás nuvens, determinando-lhes a condensação, pareceu a muitos que se deveriam ampliar ainda mais as horas de trabalho obrigatorio minimo, servir-se-ia melhor a colectividade minima do trabalho. Só haveria vantagens nisso.
Objectam, porém, alguns ser o caso das usinas de energia, evidentemente, especial. Da mesma forma, o da distribuição das chuvas, vantajosamente affecto ás autoridades, para beneficio geral. A Repartição das Chuvas, dispondo de todo o serviço official de estatistica, e em connexão com os demais repartições do Ministerio da Agricultura, é uma organização que se resolveu dever ser do Estado. Ampliar, porém, ainda mais os serviços governamentaes, numa socialização progressiva de todas as actividades, não merece as sympathias de um grupo numeroso. Já todos os homens e todas as mulheres, maiores de 18 annos, são obrigados a um serviço diario de 2 horas. Breve serão 3 horas. Onde se irá para nesse caminho? Invocam-se contra as idéias de socialização os velhos principios da liberdade individual. A questão está, assim, longe de ser resolvida
. . . . .
Sonho? - Sim. Mas o sonho de hoje poderá ser, amanhã, realidade. Sabe-se lá até onde nos levará a evolução que hoje se processa tão acceleradamente? Como será a vida no anno 2000?
O Cruzeiro on line é um trabalho de preservação histórica do site Memória Viva

Mudanças nos demonstrativos contábeis


Ainda nos encontramos no meio do enorme turbilhão em que se transformou a forma de elaboração e apresentação dos demonstrativos contábeis (também denominados de financeiros), a partir do ano calendário de 2008.

Àqueles que ainda não perceberam o alcance dessas mudanças, valerá a pena ler o artigo: A evolução dos demonstrativos financeiros

Agora não basta apenas fazer poucas contas com base nos diversos demonstrativos apresentados. Será necessário ler, com grande atenção, as notas explicativas e o relatório dos auditores independentes.


Uma das maiores mudanças deve-se as várias formas para avaliação de componentes do ativo e do passivo. Sempre será buscado o valor justo que melhor represente o patrimônio líquido da sociedade. E as bases de cada forma de avaliação vem descrita em mais de uma nota, normalmente...


Ganhará pontos com seus sócios e mercado em geral aquelas empresas que adotarem, de fato, as boas práticas de gestão de seus negócios; inclusive contando com uma eficiente política de Governança Corporativa.

Até quantos % de tributos há numa mercadoria?

Sem dúvida que nas datas comemorativas, quando é comum as pessoas trocarem presentes, a Receita Federal aproveita para reforçar bastante seu caixa com a arrecadação de tributos.

Neste artigo Tributos respondem por até 78% dos preços o IBPT mostra que há casos em que o tributo chega a 78% do preço pago. Isso significa que a mercadoria (mesmo com uma série de outros tributos, não computados no cálculo) vale apenas 22% do valor despendido.


Há a necessidade de maior conhecimento sobre o montante dos tributos arrecadados, em cada produto e/ou mercadoria adquirida, para que comecemos a promover uma mudança na situação geral em que nos encontramos.


Muito imposto arrecadado, quase nada retornado ao bem estar da sociedade...


Será que podemos trocar essa forma cara de governo por um grupo de gerentes eficientes e honrados?

Solução para compensações de tributos, sem risco de multa...

Trata-se de assunto corriqueiro.

A Receita Federal busca, de todas as formas, inibir aos contribuintes de buscarem seus direitos de reaverem créditos tributários. Neste caso, ocorrido com empresa gaúcha, foi encontrada uma forma de buscar o recurso financeiro sem que haja risco de multa.

Se seu caso é semelhante a este, ou você, como empresário, não tem certeza da existência de possíveis créditos fiscais, cujos montantes, quando recuperados, podem alavancar seus negócios, procure conversar com seu Consultor.

Mantemos, sempre, uma equipe de auditores fiscais permanentemente atualizada para atender a essas questões...

Sentença impede multa de 50% em compensação fiscal
Uma agroindústria do Rio Grande do Sul obteve sentença que garante a realização de compensações de créditos de PIS e Cofins para quitação de tributos federais sem o risco de aplicação de multa de 50%, caso a operação seja julgada indevida pelo Fisco. É a primeira decisão sobre o assunto que se tem notícia. A pena foi imposta pela Lei Federal nº 12.249, de 2010. O objetivo é desestimular situações de uso de créditos de PIS e Cofins que não são expressamente permitidas por lei. Segundo a Receita Federal, o volume de compensações caiu 50% logo após a entrada em vigor da nova multa.
A sentença foi proferida pelo juiz federal Adriano Copetti, da qual cabe recurso. O magistrado afasta a aplicação da multa "em caso de mero indeferimento de pedido de ressarcimento ou de compensação, exceto se for caracterizada má-fé da contribuinte". Para ele, quem tem boa-fé não pode ser ameaçado de multa só por exercer regularmente seu direito constitucional de pedir. "Ao invés disso, a Receita tem que estar aparelhada para dar cabo à demanda", afirma
A empresa gaúcha decidiu ir à Justiça preventivamente por acumular mensalmente um grande volume de créditos. Como a agroindústria é eminentemente exportadora, a cada trimestre precisa fazer pedidos de ressarcimento ou compensação. Assim, o risco de ser autuada é alto. "O problema é que a Receita tem uma política restritiva de reconhecimento de créditos", diz o advogado Gustavo Goulart, do escritório Martinelli Advocacia Empresarial, que representa a indústria no processo.
Antes da alteração, era aplicada apenas uma multa de 20% pelo atraso no pagamento dos tributos quitados com créditos indevidos. Para o advogado Luiz Roberto Peroba Barbosa, do escritório Pinheiro Neto Advogados, a multa de 50% é claramente confiscatória, além de violar o direito de pedir do contribuinte. "Quando o Fisco tenta executar alguma dívida infundada não é condenado a pagar uma multa de 50%", critica o tributarista.
Como a lei entrou em vigor em junho, ainda há poucos casos de empresas multadas em 50%. "Por enquanto, só apresentamos recurso administrativo", afirma o advogado Luiz Rogério Sawaya Batista, do escritório Nunes e Sawaya Advogados. "Mas é possível usar a sentença gaúcha como jurisprudência para obter o mesmo benefício."
O caso está sendo acompanhado pela Procuradoria Regional da Fazenda Nacional (PRFN) da 4ª Região. Por nota, o procurador regional José Diogo Cyrillo da Silva afirmou que o prazo de 30 dias para recorrer começou a contar no dia 5 e que a delegacia da Receita na região vai subsidiar a procuradoria em sua defesa.
Para a advogada Valdirene Franhani Lopes, do escritório Braga e Marafon Advogados, apesar do precedente, ainda é interessante esperar uma eventual autuação para só então contestá-la no Judiciário. Hoje, ela ainda defende empresas autuadas por compensações realizadas em 2008. "Só o contribuinte que fez compensação a partir de julho corre o risco de ser multado em 50%", diz a advogada.

Fonte: Valor Econômico 

quarta-feira, 6 de julho de 2011

A sustentabilidade vai entrar no balanço

Faz tempo que venho comentando sobre a importância das
empresas apresentarem sua realidade social e ambiental

Conheça a proposta contida no artigo A sustentabilidade vai entrar no balanço para compreender a importância que isto trará para todos.

Um dos primeiros países a prestar informações sociais, para elaboração de dados oficiais, foi o Brasil.

Certamente poucos se lembram de quando começaram a ser coletados os dados sobre as informações sobre os funcionários, mediante a obrigatoriedade de apresentação da RAIS anualmente.

Os dados coletados, se utilizados por empresas, ou pelo próprio Estado, poderiam oferecer soluções de desenvolvimento muito mais apropriadas do que as orientadas pelo 'feeling' dos políticos ou tecnocratas.

As informações sobre sutentabilidade oferecem um maior volume de informações e riqueza para pesquisas e análises de tendências. Basta que as empresas atendam ao cumprimento dessa obrigação e comecemos a observar e acompanhar os dados revelados.

A radicalização do bullying

Veja o artigo: A radicalização do bullying

Apenas para que não seja esquecida a questão, pois quando a mídia deixa de pautar o assunto parece que, como num passe de mágica, tudo está resolvido!

É preciso estar atento, sempre.

Manifestação contra a carga tributária

Até quando estaremos submissos a Tirania?

Sempre comentamos sobre a absurda carga tributária que temos no Brasil. Mostramos dados, pesquisas, informações, evidências, etc.

E nada acontece! Qual a razão dessa quietude e mansidão?

Veja este artigo: A Contabilidade Catarinense contra o absurdo da garga tributária brasileira.

Além de fazermos alguma manifestação constante contra o absurdo que há na arrecadação de tributos, sem que haja qualquer benefício à população, ao cidadão ou ao país, é extremamente importante que haja uma explicita manifestação do cidadão, quer por meio de seu voto, quer por meio de pressão aos candidatos eleitos.

Do jeito que a coisa está caminhamos para o caos total, onde ninguém irá sobreviver.

Venha à vida! Alerte-se e acorde os demais ao seu lado...

Dependência de nióbio é causa de preocupação de Washington

Que bom que a imprensa começa a falar sobre esse minério...

Provavelmente este minério representa uma oportunidade para o Brasil muito maior e mais relevante que o "pré-sal". Claro que há a necessidade de acordarmos os políticos e a sociedade. E isso nunca será fácil! Há sempre muitos interesses 'difusos' envolvidos em questões como essa.

Leia a matéria nesse link: Dependência de nióbio

Felizmente a imprensa brasileira dá - ainda que muito raramente - algum espaço para esse mineral altamente estratégico para o Brasile para o mundo todo.

Ele representa uma segurança, que se revelou extremamente necessária, quando falamos da energia atômica. Também para voos de naves que vão ao espaço e outras questões vitais para a humanidade.

Quando iremos acordar? Espero que seja breve, pois estamos patinando há mais de 10 anos sem conseguirmos sair do lugar ou aproveitarmos os bons momentos dos demais países.