A tragédia ocorrida em Santa Catarina vem ocupando grande parte da mídia e sensibilizando fortemente a opinião pública, que vem se organizando na prestação da solidariedade possível, neste momento.Texto do Neto, diretor de criação e sócio da Bullet, sobre a crise mundial. "Vou fazer um slideshow para você. Está preparado? É comum, você já viu essas imagens antes. Quem sabe até já se acostumou com elas. Começa com aquelas crianças famintas da África. Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele. Aquelas com moscas nos olhos. Os slides se sucedem. Êxodos de populações inteiras. Gente faminta. Gente pobre. Gente sem futuro. Durante décadas, vimos essas imagens. No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto. Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados. São imagens de miséria que comovem. São imagens que criam plataformas de governo. Criam ONGs. Criam entidades. Criam movimentos sociais. A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá sensibiliza. Ano após ano, discutiu-se o que fazer. Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam nas nações mais poderosas do planeta.
Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o problema da fome no mundo. Resolver, capicce? Extinguir. Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta. Não sei como calcularam este número. Mas digamos que esteja subestimado. Digamos que seja o dobro. Ou o triplo. Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo. Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse. Não houve documentário, ong, lobby ou pressão que resolvesse. Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia."
Como uma pessoa comentou, é uma pena que esse texto só esteja em blogs e não na mídia de massa, essa mesma que sabe muito bem dar tapa e afagar. Se quiser, repasse, se não, o que importa? O nosso almoço tá garantido mesmo...
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Aos raros humanos que sabem ler...
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Surfando na Onda da crise...
Lula diz que crise financeira global pode render oportunidades ao Brasil
Recado de Lula a respeito de que a crise financeira internacional "nasceu" no seio dos países desenvolvidos, quando assinou cinco acordos de cooperação com o governo russo - nas áreas técnico-militar e diplomática.
Entidades Filantrópicas - Novidades
"A decisão do presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, de devolver ao Executivo a Medida Provisória 446/08, que regula a certificação de entidades filantrópicas, teve o apoio dos senadores de oposição e levou o governo a negociar uma solução para o impasse. O líder da base governista, Romero Jucá (PMDB-RR), informou que pode apresentar nesta semana projeto de lei para substituir a chamada MP das Filantrópicas."Vamos, todos nós, nos manifestarmos a respeito do Projeto. Quem sabe retomaremos o Direito de vivermos em um País com um futuro melhor...
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Trasparência
Trabalho com auditoria independente desde 1971 (caramba, já passa dos 37 anos!).
O objetivo do trabalho de auditoria sempre foi o de tornar as demonstrações contábeis das empresas mais transparente aos seus usuários: Empresários, Bancos, Investidores, Clientes, Fornecedores, Funcionários, Governo, etc.
Os anos mais difíceis para se atender a esse objetivo, sem dúvida, foram os anos com inflação elevada e descontrolada. A contabilidade, graças aos grandes mestres que o Brasil teve (alguns ainda vivos), conseguiu criar diversos mecanismos que possibilitavam uma leitura dos balanços, de forma bastante aceitável. Foi idéia dos contadores criar mecanismos para se reduzir o impacto da inflação na apuração do resultado econômico e na melhor forma de apresentação do valor patrimonial das empresas.
Foi de um grupo de contadores, também, a criação dos mecanismos denominados de "Correção Integral" e registro dos bens e obrigações a preços corrente, para a apresentação das demonstrações contábeis das empresas que tinham ações no mercado aberto (Bolsa de Valores).
Sempre com o objetivo de se prestar a melhor informação aos usuários da contabilidade, com toda a transparência possível, mesmo em um ambiente com inflação altamente corrosiva em relação à informação de Valores de Ativos, Passivos e Resultado.
Com as recentes mudanças na legislação das sociedades anônimas, bem como das próprias normas de contabilidade (agora teremos a adoção das normas internacionais), voltamos a ler matérias acerca da Transparência. Os textos nos remetem a essa prática como uma “verdadeira novidade”. Será?
Receio que, na ânsia das autoridades firmarem seu posicionamento favoravelmente à transparência, algumas comecem a editar novas leis e normas “para sermos transparentes”, ainda que sob a "força da lei".
Transparência não requer novas normas, leis ou qualquer outra denominação possível. Transparência requer, apenas, a simplicidade. Quanto mais simples forem os processos e as informações geradas maior será a nossa prática nesse sentido. Nesse sentido, também os empresários e gestores, não devem “cair na tentação” de implantar novos e sofisticados controles, para serem “mais” transparentes... Aliás, transparência não tem graduação. Ela simplesmente existe ou não!
Apenas uma recomendação, além da busca da simplificação em suas atitudes pessoais e em sua Empresa, passe a exigir a mesma prática das pessoas e empresas com quem você se relaciona. Poderemos operar um milagre!