Páginas

domingo, 7 de agosto de 2011

Meritocracia na Midiotice

meritocraciaTudo é uma questão de interpretação própria. Ponto de vista, como se diz…

Este artigo é atual e tem os elementos necessários para que qualquer pessoa exercite seu próprio julgamento.

E pensar que eu ainda dei crédito a questão da Meritocracia, anunciada antes da possa da Presidente…

A midiotice e a faxineira

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por João Vinhosa
O presente artigo mostra o estreito relacionamento entre a ação da mídia (ou midiotice) e a reação da presidente Dilma em três casos distintos de acusação de corrupção envolvendo tráfico de influência em órgãos governamentais. As conclusões sobre os casos relatados (Ministério dos Transportes, Erenice Guerra e Gemini) serão deixadas a cargo dos leitores.
Assim, baseado nos incontestáveis fatos a seguir descritos, o leitor é quem julgará se a presidente Dilma merece, ou não, o elogioso tratamento de “faxineira” – que tem recebido por ter demitido sumariamente dezenas de servidores públicos acusados de corrupção.
Ministério dos Transportes
É completamente absurdo imaginar que só agora, por meio da mídia, Dilma Rousseff veio a saber de desmandos na área dos transportes.
Obviamente, Dilma – a responsável maior pela distribuição dos recursos do PAC – não poderia desconhecer o que sempre ocorreu no relacionamento das empreiteiras com os administradores públicos que cuidam das estradas do país. Afinal, todos sabem que não foi superfaturando produtos para a merenda escolar ou para hospitais públicos que nossas empreiteiras se tornaram as mais famigeradas assaltantes do tesouro nacional.
Porém, reconhecer que isso sempre aconteceu – antes do governo Lula, durante o governo Lula e após o governo Lula – não era conveniente para a imagem de quem tinha, durante o governo Lula, o dever de controlar a aplicação de recursos do PAC em infra-estrutura.
Um fato: Dilma não tomou as devidas providências na época em que era responsável por distribuir os recursos do PAC.
Outro fato: só depois dos recentes escândalos veiculados na mídia, Dilma resolveu apresentar serviço, jogando às feras seus (até então) aliados do Ministério dos Transportes.
Mais outro fato: num golpe de publicidade muito oportuno – com a demissão sumária da cúpula do Ministério dos Transportes – Dilma está faturando grandes dividendos políticos, e sendo colocada como alguém que, de fato, apura e pune as denúncias de corrupção na área sob seu comando.
Ontem, deu mais lance de efeito especial: Nomeou o General Jorge Ernesto Pinto Fraxe, Engenheiro e da turma da AMAN de 1975, para o espinhoso cargo de novo Diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT). Para o segundo posto mais importante do DNIT foi nomeado um auditor da Controladoria Geral da União (CGU), Tarcísio Gomes de Freitas, que será Diretor-executivo.
Erenice Guerra
Desde o início de 2003, Erenice era o braço-direito de Dilma. Naquela época, Dilma era a Ministra de Minas e Energia, e Erenice ocupava a assessoria jurídica do ministério. O papel desempenhado por Erenice era tão relevante que, ao assumir a Casa Civil da Presidência da República em junho de 2005, Dilma fez de Erenice a Secretária-Executiva da Casa Civil.
E, ao se desincompatibilizar para fazer campanha, em março de 2010, Dilma escalou Erenice para ser sua sucessora como Ministra-Chefe da Casa Civil.
Acontece que a mídia denunciou coisas de Erenice e seu filho.
Diante da pressão da mídia, Dilma não titubeou, lançou Erenice às feras e, revoltada, chegou a declarar em seu blog: “não vou aceitar que se julgue a minha pessoa baseado no que aconteceu com o filho de uma ex-assessora minha”.
No Jornal Nacional, Dilma foi ainda mais enfática, afirmando que jamais abrigou práticas ilegais nas suas proximidades, e ressaltando: “Todas as denúncias têm que ser rigorosamente apuradas e investigadas. Acredito que as pessoas culpadas tenham de ser drasticamente punidas”.
Gemini
Com a Gemini – espúria sociedade da Petrobras com uma empresa privada para produzir e comercializar gás natural liquefeito – tudo está sendo diferente.
Apesar das denúncias segundo as quais a Gemini é o maior crime de lesa-pátria praticado contra o setor petróleo-gás do país, a grande mídia ainda não se interessou pelo caso. E, diante da falta de interesse da grande mídia, Dilma não se manifesta sobre o assunto.
Atualmente, as notícias sobre a Gemini têm ficado circunscritas ao combativo mundo da internet, estando facilmente ao alcance de qualquer interessado.
Porém – antes de ter levado um cala-boca de alguma importante autoridade – o sindicato dos trabalhadores na indústria de petróleo (Sindipetro) publicou em seu jornal gravíssimas matérias, acusando explicitamente a ocorrência de corrupção na Gemini.
Numa das matérias no jornal do Sindipetro-RJ, datada de 23/03/06, pode-se ver uma charge bastante sugestiva: um homem com uma mala recheada de dinheiro na qual se encontra gravado o nome da sócia da Petrobras na Gemini. Em outra matéria, publicada em 03/08/07, sob o título “Petrobrás entrega mercado de GNL aos EUA”, uma charge mostra a mão do Tio Sam acionando um cilindro de gás de onde jorra dinheiro. Numa terceira matéria, de página inteira, publicada em 29/05/08, além de uma charge bastante sugestiva, depara-se com um título esclarecedor: “Soberania Nacional Ameaçada – Mercado de GNL brasileiro está nas mãos de multinacional”.
Acontece que a Gemini foi arquitetada no período em que Dilma acumulava as funções de Ministra de Minas e Energia e Presidente do Conselho de Administração da Petrobras, cargo que só veio a deixar em março de 2010.
Apesar de ser acusada de ser a “Mãe da Gemini”, e de ter sido formalmente por mim informada do risco que corria o dinheiro público com a espúria sociedade, aquela que hoje posa de “faxineira” sequer se manifestou. Faxina na cozinha dos outros é refresco.
Reportando-me às palavras pronunciadas por Dilma no Jornal Nacional (“Todas as denúncias têm que ser rigorosamente apuradas e investigadas. Acredito que as pessoas culpadas tenham de ser drasticamente punidas”.), deixo no ar a pergunta: Isso vale também para a Gemini, Senhora Presidenta?
João Vinhosa é engenheiro - joaovinhosa@hotmail.com

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Quando a Copa chegar...

Copa do Mundo 2010
Tenho andado por várias cidades brasileiras nos últimos meses. Especialmente em capitais dos Estados do Sul, Sudeste e Centro Oeste...
Em cada uma delas pude observar alguns sinais do despreparo existente sobre algumas questões, que considero essenciais. Parece que os governantes, tanto da esfera federal, como da estadual ou municipal, preocupam-se mais com grandes planos... só não fica muito claro qual o custo e quem serão os beneficiados com eles...
Há algumas questões que vem se agravando, as mais comuns são:

Na vida cotidiana:

  • O trânsito das cidades anda caótico. A quantidade de carros em circulação é crescente e já parece estar acima de qualquer índice razoável em relação às vias públicas existentes. Sem abordar a questão de lógica, sinalização, espaços destinados ao tráfego e estacionamento. Dependendo da distância a ser percorrida uma caminhada despende um tempo menor que o automóvel. Os estudos mostram que a velocidade média dos veículos nas cidades – mesmo em horas fora dos “picos” – está menor do que a das carroças ou charretes utilizadas até meados do século passado.
  • Os trabalhadores, de um modo geral, estão morando em áreas sem grande infraestrutura, com riscos à saúde (falta de água, saneamento, etc.), riscos de segurança, falta de escolas e postos de atendimento médico. Grande parte do dia desses trabalhadores é consumida com o tempo despendido em sua locomoção entre o local de sua casa e o trabalho, além do grande desconforto e isolamento familiar.
  • Os restaurantes, especialmente aqueles mais populares, estão com graves problemas de higiene e limpeza. Sem entrar na questão da qualidade dos mesmos, a efetividade de sua validade alimentar ou na possibilidade de acesso pelos preços praticados.
  • As calçadas não oferecem a segurança mínima necessária aos pedestres. Sujeira, buracos, objetos deixados sobre a mesma, dificultam a todos. Nem entro no aspecto de acessibilidade aos portadores de necessidades especiais. De nada adianta construir rebaixamento nas guias, para trânsito de cadeirantes, se o passeio é feito de forma inclinada, mantido com buracos ou materiais que impedem a passagem.

Nos deslocamentos entre cidades

  • As estradas encontram-se em estado precário de conservação. As que estão bem conservadas possuem praças de pedágio ao longo do trecho que encarecem bastante o custo de deslocamento, de pessoas e mercadorias.
  • Os aeroportos estão no limite, não necessariamente quanto ao numero de voos, mas em relação ao acesso aos mesmos. Está cada vez mais difícil de se chegar aos mesmos por conta da falta de previsibilidade das áreas de desembarque das pessoas que irão embarcar.
  • As cidades estão com ocupação de hotéis tomada, por tantas pessoas que viajam. Além disso muitos já ostentam tabelas de preços fantasticamente elevados, “por conta da época da copa”.
  • Os serviços prestados nos aeroportos estão sofríveis em termos de higiene, limpeza e organização; e, qualquer consumo de alimentos, especialmente, com preços extremamente elevados.

No atendimento à segurança

  • Nesta área estamos caminhando para situações de extrema gravidade. Além do aumento de ações criminosas contra qualquer pessoa há um contingente de segurança cada vez menor e menos preparado.
  • A segurança também é impactada no trânsito, onde cresce o risco de acidentes com gravidade por conta da falta de responsabilidade de uma parte dos motoristas que teima em dirigir em alta velocidade e sem estar convenientemente sóbrio.
  • Se o cidadão que sofreu alguma violência for cumprir com seu dever e fizer a queixa terá de despender um bom tempo, até encontrar onde poderá ser atendido. Sem falar na questão da cordialidade e atenção por parte dos atendentes. Falta-lhes preparo.
Esta lista poderia continuar. Nosso crescimento é comprometido pela falta de importantes investimentos nas áreas essenciais a todos. Não importa em qual momento estejamos nos referindo...
Resta, entretanto, a esperança de que “quando for a época da Copa Mundial de Futebol” todas as questões, inclusive as listadas acima estarão resolvidas. Ao menos é o que as nossas autoridades estão nos informando. Tudo estará pronto no momento em que se iniciarem os “jogos da copa”!
Espero que as pessoas passem a desligar seus aparelhos de televisão e passem a perceber melhor o ambiente em que vivem... Acorda Brasil!!!

terça-feira, 26 de julho de 2011

Recado do Ricardo…

Brasil - VergonhaComo sempre tem acontecido as decisões de governo passam, sempre, pela máxima adotada pelo império romano, em sua decadência.

“Pão-e-circo”. Essa a receita para a perpetuação no poder; mesmo que à custa do futuro, mesmo que imediato…

Faz poucos dias eu comentei, também sobre isso no post: “Na pátria de chuteiras…”, onde fica evidente a distorção entre a nossa realidade diante da derrota da seleção brasileira de futebol e a Verdadeira Vergonha Nacional.

Este texto do Ricardo Jordão, sempre lúcido, mostra uma realidade que deveria ser a esperada por todos nós. Pena que a maioria ainda prefira libertar Barrabás

Jesus Cristo ou Barrabás?

O futuro pertence àqueles que se preparam hoje.

Querida(o) Amiga(o),

Quatro anos atrás, o lula deveria ter interrompido o Jornal Nacional para fazer o seguinte pronunciamento:

"Caros Brasileiros e Brasileiras, existe uma grande chance do nosso querido país ser escolhido para sediar a Copa do Mundo de Futebol de 2014.

Mas antes de batermos o martelo com os nossos camaradas da Fifa e CBF, Nike e Coca-Cola, Rede Globo e Cervejas, eu gostaria de saber a opinião do povo brasileiro sobre o que devemos fazer.

Para tanto, eu convido a todos vocês a participarem de um plebiscito nacional a favor ou contra a realização da Copa de 2014 no Brasil.

A situação é a seguinte: pelas nossas estimativas iniciais, vamos gastar 40 bilhões de dólares para realizar a Copa no Brasil.

MAS, como vocês mesmo sabem, NUNCA NA HISTÓRIA DESSE PAÍS fizemos alguma obra dentro do prazo e muito menos dentro do orçamento inicial.

Nós somos muito ruins de planejamento e execução; e ainda temos que contar com toda a problemática da corrupção que rola solta nesses momentos.

Portanto, em "off", eu acredito que vamos torrar 120 bilhões de dólares para fazer a Copa no Brasil. 120 bilhões de dólares! É dinheiro para xuxu.

Para conhecimento Wikipediano de vocês, esse valor - 120 bilhões de dólares - é maior que os gastos somados das últimas seis copas juntas!!!

Então, a decisão que eu gostaria que vocês tomassem é a seguinte:

Pega o seu telefone agora mesmo e disque 1 caso você acredite que o país deva investir 120 bilhões de dólares na realização da Copa de 2014 no Brasil, e Disque 2 caso você acredite que devemos pegar esse mesmo valor - 120 bilhões de dólares - e investir na construção de escolas, hospitais, saneamento básico, estradas, aeroportos, melhores salários para professores, segurança e polícia, internet banda larga para absolutamente todos os brasileiros, faculdades, computadores populares e muito mais.

Pelas nossas contas, é possível construir 65 hospitais, 150 escolas, 23 faculdades, distribuir 1.5 milhões de livros didáticos, 250 mil computadores, resolver o problema de saneamento básico em 25 grandes cidades, e ainda construir 400 escolinhas de futebol para ensinar o "corpo são" para 40 mil crianças e jovens brasileiros.

"Cumpanheiro", não vale dizer que temos que fazer as duas coisas. Você e eu sabemos que não vamos conseguir. Coloca o pé no chão. Olhe o nosso histórico e encare a realidade de frente.

Portanto, a minha pergunta ao povo brasileiro é a seguinte:

Vocês preferem tornar o Brasil conhecido mundialmente como o país que realizou a Copa de Futebol mais cara da história do planeta, ou vocês preferem tornar o Brasil conhecido mundialmente pela qualidade das suas escolas e paz social para todos?

"Cumpanheiras" e "Cumpunheiros", eu adoro futebol tanto quanto todos vocês. Eu sou "Curinthiano" como milhões de outros brasileiros. Mas eu acredito que a prioridade do país não é exatamente futebol. Mas quem sou eu para achar alguma coisa, certo? Eu quero saber o que vocês querem para o país.

Então, Disque 1 se você é a favor da Copa, ou Disque 2 se você é a favor da educação e infraestrutura.

E concluindo, com a realização desse plebiscito eu quero deixar bem claro para todos que eu estou lavando as minhas mãos. O que vocês decidirem está decidido."

Infelizmente esse discurso nunca foi feito.

Meia dúzia de caras pálidas engravatados decidiram que a Copa de 2014 seria no Brasil, e assim foi, amém.

Passados quatro anos, os orçamentos para a Copa estão furados, estourados e incompletos. As estimativas mudam a cada três meses, as taxas de urgência vão pipocando aqui e ali, a distribuição de milhões de reais sem licitação já está rolando, e a bagunça só vai aumentar.

O importante, como todos dizem por ai, é não passar vexame perante o mundo. A Copa tem que acontecer. Custe o que custar.

O Brasil vai passar vexame. O loiro de olho azul sabe que estamos tocando fogo em dinheiro para fazer uma festa para ficar bem na fita quando todos os vizinhos sabem que dentro de casa não temos dinheiro nem para contratar um decorador para arrumar a nossa sala de estar.

A Copa é mais um erro de investimentos, tempo e recursos que o Brasil está fazendo. Mais um erro entre tantos que rolam por aqui. Somando o período de pré-Copa, Copa, pós-Copa, pré-Olimpíada e Olimpíadas, vamos queimar 10 anos de investimentos públicos e foco de prioridades.

Se tivessem me dado a oportunidade de escolher, eu teria votado contra a Copa no Brasil.

A Copa é um evento supervalorizado. Os únicos que realmente ganham com a realização da Copa são a FIFA, CBF, os jogadores, as grandes construtoras, a televisão e os vendedores de cerveja. Ponto.

60 dias atrás o U2 tocou no estádio do Morumbi para 80 mil pessoas por noite. 80 mil!!! E posso te dizer que a cidade de São Paulo não parou porque o U2 estava no Estádio do Morumbi com 80 mil neguinhos. Te garanto que milhões de paulistanos nem sabiam que os caras estavam na zona Sul tocando para 80 mil carinhas. 3 jogos com 45 mil pessoas dentro não fazem nem cócegas na economia da cidade.

O circo da Copa é supervalorizado e inflacionado além da conta por aqueles que fazem a coisa toda acontecer justamente porque precisam fazer a galera acreditar que é preciso torrar dinheiro com esse circo.

Se, os jogadores da seleção tivessem o espírito que tinham o Pelé e o Zico, eu até diria que vale a pena investir nesses caras; mas com o tipo de seleção mercenária que tem hoje, vocês ainda vão armar o circo para esses "profissionais" do futebol moderno ganharem mais e mais dinheiro???

A Copa nada mais é do que a grande oportunidade dos jogadores valorizarem seus passes.

Além do mais, eu aposto o que vocês quiserem que apenas 30% das pessoas presentes nos jogos nos estádios da Copa serão estrangeiros. Os outros 70% serão brasileiros. Brasileiros que tem por baixo 800 reais sobrando para gastar com cada ingresso. O povão não vai conseguir nem vender camiseta pirata em volta do estádio. E os caras ainda votam na coisa toda.

O alemão, o holandês, o italiano, o inglês, o americano, não vão pagar o preço do ingresso, a viagem, hotéis, e o trabalho de se submeter ao sufoco que eles imaginam que podem passar em terra brasilis para assistir a Copa no Brasil.

Hoje, essa turma tem em suas casas televisões HD 3D de LCD de 50 polegadas, transmissão com múltiplas câmeras, som de alta definição etc.

Em 2014 essa galera terá televisões de 80 polegadas com ultra definição e sei lá mais o quê.

Por que sair do conforto do seu país, sofá e família para se aventurar a assistir 2 ou 3 jogos na América do Sul??

Poucos virão. Quem vai mesmo assistir ao jogo do Azerbaquistão Versus Coréia serão os torcedores do Atlético Mineiro, Flamengo e Sport.

E mais, a construção dos estádios da Copa não vai melhorar a vida da galera que mora em sua volta. Imbecil o cara que acredita nessa conversa fiada. Não existe qualquer plano para melhorar as casas e ruas ao redor. É só papo. A coisa nem começou, e não vai começar. É só você olhar para o Rio de Janeiro que cerca o Engenhão para ter uma boa ideia do que vai acontecer com Itaquera depois que o Estádio do Corinthians for construído por lá.

Nada.

Por que eu estou escrevendo esse texto? Porque eu acredito que deveríamos PARAR a Copa. "Impeachment" no Ricardo Teixeira, FIFA e tudo que está rolando.

Como pode alguém liberar a coisa toda sem saber quanto vai custar???

E como pode todo mundo aceitar tudo que está rolando na boa sem qualquer reação ou sentimento de revolta???

Será que se eu enviar um tweet para a galera do Egito eles nos ajudam a virar a mesa por aqui?? Definitivamente os nossos universitários não são melhores que os universitários do Egito. A galera por aqui quer circo, quer coliseu romano, quer copa do mundo.

Chama os Egípcios! Os caras tem culhão!

2 mil anos se passaram e o povo ainda não aprendeu. Eles preferem soltar o bandido (Barrabás) do que apostar na Coisa Certa (Jesus Cristo).

Quando finalmente temos a oportunidade de escolher o caminho da ética, moral e boa vontade, a galera escolhe o caminho do pão e do circo.

Vai Barrabás, cumpre a sua sina! Bota a bandidagem na rua, a galera assina embaixo!

QUEBRA TUDO! Foi para isso que eu vim! E Você?

Ricardo Jordão Magalhães
Impeachment a CBF & FIFA!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Na pátria de chuteiras…

Sempre que é anunciado um jogo da Seleção Brasileira de Futebol, especialmente de Domingo, há festa na maioria das casas.

O brasileiro gosta de futebol! Especialmente quando tem a oportunidade de assistir junto com amigos para ‘comemorar juntos’ tudo o que puderem partilhar: comida, bebida, alegrias e tristezas…

Pão e circo! Nada mais eficaz para manter todos os problemas verdadeiros em baixo do tapete. Tá na hora de começarmos a sentir vergonha…

A derrota da seleção e a verdadeira vergonha

Vinícius André Dias

- Há exatamente 40 anos, Pelé disputava sua última partida com a camisa da seleção brasileira. Esse fez falta ontem.

Eu também torci pela seleção de futebol da CBF. Eu também me irritei com os quatro pênaltis perdidos. Eu também fiquei sentido com a desclassificação. Mas tudo isso durou o tempo da partida – no máximo uma hora a mais, enquanto eu revia os lances num programa esportivo. Em seguida, passou. Como passa a decepção depois de uma péssima sessão de cinema. Como some o desapontamento depois de um show abaixo da crítica. Espetáculos, entretenimento, com algumas lições para a vida, se calhar, mas nada que justifique uma noite mal dormida.

Num país que segue o futebol como se fosse uma religião e que santifica (ou demoniza, dependendo da rodada) os atletas, sei que é difícil pensar assim – eu mesmo já sofri muito com a seleção e com o “meu” Botafogo. Mas penso que assistir a uma derrota do “time de coração” deveria ser tão frustrante quanto assistir a um filme ruim do diretor favorito ou a uma música desafinada do cantor preferido. Quando isso acontece, ninguém sai quebrando o cinema, pedindo a cabeça do diretor ou dos atores. Ninguém fica chorando de raiva pela decepção musical, gritando ao cantor: “você deveria honrar a MPB, seu safado”! Seria uma cena ridícula – tão ridícula quanto as choradeiras e quebradeiras que costumam seguir os jogos de futebol.

Nessas ocasiões de derrota nos campos, também sempre surge o papo de que “os jogadores ganham demais”, “só querem saber de dinheiro”... Concordo com o argumento de que os enormes ganhos financeiros por parte de jogadores de futebol revelam certa inversão de valores, quando comparados aos salários de professores, médicos da saúde pública, policiais e tantos outros profissionais fundamentais ao bom funcionamento da sociedade. Mas o mesmo pode ser dito dos ganhos astronômicos de certas estrelas da música, do cinema, da televisão... De novo: depois de um filme ruim, ninguém sai chamando o ator de mercenário, ninguém o acusa de “ganhar muito”, de “só querer saber de dinheiro” e descuidar da atuação. Não é a mesma coisa? É! Nós é que nos apaixonamos pela coisa errada: o futebol, como conhecemos hoje, é uma atividade de entretenimento, privada! Até mesmo a "seleção brasileira" é particular! E os jogadores são atores do espetáculo, que ganham dinheiro conforme o lucro que geram – como estrelas de cinema ou cantores de sucesso, ou nós mesmos, se pensarmos bem.

Recentemente, assisti a uma entrevista feita pelo Luciano Huck com o Daniel Alves, lateral-direito da seleção e do Barcelona. Ao responder a uma pergunta do Luciano Huck sobre a pressão que sentia antes de um jogo como a final da Liga dos Campeões da Europa, torneio de clubes mais importante do mundo, Daniel Alves respondeu algo como: “pressão eu sentia quando plantava cebola e não sabia se teria o que comer no final do dia. Jogador de futebol, sentir pressão? Agora é tranquilo”. A resposta é sincera e revela duas coisas. Primeiro: enquanto alguns torcedores passam uma semana chorando por conta de uma derrota (e até deixam de se importar com problemas reais, míopes em relação à importância das coisas), os grandes jogadores até podem ficar chateados, mas em seguida entram nos seus carrões, vão para suas mansões e passam a pensar no próximo show. Segundo: geralmente, os jogadores merecem o sucesso. O Daniel Alves passou fome no árido e pobre interior da Bahia, plantou cebola e batalhou muito, suou a camisa para vencer na vida. Hoje é um dos grandes atores de um dos principais espetáculos da Terra, que movimenta bilhões. Ele não merece ganhar o que ganha? Se há muita gente que paga para assisti-lo, que compra suas camisas, é claro que merece!

A gente quer se revoltar contra a riqueza alheia? Pois que nos revoltemos contra quem fez fortuna indevidamente, sem trabalhar, desviando dinheiro público – inclusive no futebol. Que nos revoltemos contra os maus políticos! Esses merecem o nosso repúdio, a nossa revolta, os nossos cartazes, as nossas vaias!

Vergonha

Logo após a partida em que a seleção foi desclassificada da Copa América pelo Paraguai, o Twitter foi inundado de comentários sobre #vergonhabrasil. Eu mesmo postei um. Mas depois fiquei pensando: #vergonhabrasil? Por causa de futebol? Por perder um jogo para o Paraguai? A gente deveria sentir vergonha por não conseguir acabar com o tráfico de drogas e armas na fronteira com o Paraguai... A gente deveria sentir vergonha dos grandes problemas brasileiros: educação abaixo da média, saúde em estado terminal, falta de segurança, infraestrutura desestruturada, corrupção... A gente deveria sentir vergonha da nuvem de roubalheira que parece estar se formando no horizonte dos grandes eventos esportivos no Brasil... A gente deveria sentir vergonha de nós mesmos, por termos eleito para representar nossos interesses mais fundamentais pessoas de quem se desconfiaria até na administração das moedinhas de troco... A gente deveria sentir vergonha por não fazer nada a respeito... A gente deveria sentir vergonha por sofrer mais com o futebol do que com a nossa miséria... #vergonhabrasil!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

X-Tudo pronto para ser degustado... Por quem?

Já vi isso antes...

Ontem, numa loja do aeroporto, comprei alguns produtos antes de embarcar. Para que ficasse clara a minha aquisição de uma mercadoria para os eventuais exames a que somos submetidos antes de entrar na sala de embarque, pedi a vendedora que me fornecesse uma Nota Fiscal.

Assim como já acontecido em outros lugares, sempre que peço a emissão da Nota Fiscal correspondente a minha compra, a Loja forneceu apenas um 'recibo contendo o carimbo da loja e seus dados'. Não tinha a nota fiscal...

É para combater esse tipo de situação, de clara sonegação de tributos, que a Prefeitura do Município de São Paulo que adotar o programa denominado "X-Tudo".

Nesse programa é seguida a forma já adotada, com sucesso, pelo Estado de São Paulo; mediante uma série de incentivos aos consumidores.

Será uma forma de fazer uma pequena mudança nas alíquotas pagas pelos profissionais que seguiam para outros municípios para pagar seus tributos com alíquotas inferiores às cobradas por São Paulo.

Lá como cá... O Poder é sempre do mais forte...


As notícias nos dão conta do grave problema pelo qual passam os EUA. O Presidente Obama vem buscando negociar uma solução para um risco pelo qual passam todos os credores americanos.

Uma das sugestões apresentadas compreende o "fim dos subsídios". Só que esses subsídios compreendem em benefícios que somente alcançam os mais ricos. Um dos subsídios, por exemplo, é para reduzir o custo dos combustíveis dos jatinhos...

Não é muito difícil entender a razão para que haja tanto clamor político para que esses subsídios não sejam retirados...

Pois bem, no Brasil também não somos muito diferentes. Os diversos tributos existentes, que oneram de forma significativa aos trabalhadores e pequenas empresas (veja o artigo: Carga tributária atinge baixa renda e pequenas empresas).

Essa pesquisa revela que entre 19 países utilizados na amostra o Brasil tem a 15ª menor carga fiscal àqueles que possuem alta renda (recebem US$ 200 mil anuais).

Paralelo a isso, a mesma pesquisa demonstra que o Brasil tem a 9ª maior carga fiscal para assalariados de baixa renda (que ganham US$ 25 mil anuais), dentre os mesmos 19 países da amostra.

A forma de tributação brasileira, assim como as taxas de juros praticadas, vêm impedindo que haja investimentos pelas empresas, dificultando bastante sua continuidade.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Virtudes morais despertam interesse das empresas e instituições

imagem_balancosocial
Um dos grandes desafios das empresas atualmente é formar e reter talentos.
A nova geração que vem substituindo os diversos níveis de trabalhadores trazem perspectivas e expectativas diversas daquela que até então eram comuns às empresas.
Estamos migrando de uma sociedade “industrial”, onde há hierarquias e lideranças definidas e preestabelecidas, para um novo modelo de sociedade que se comporta e age na forma de uma grande rede distribuída.
Vale a pena, sobre esse tema, conhecer o ensaio apresentado no endereço: Da Sociedade Industrial à Sociedade em Rede, de Maristela Moura, numa atenta observação dessa nova forma de sociedade que foi apresentada por Augusto de Franco em seminário realizado na FIEP.
Essa moçada, extremamente talentosa e inquieta, tem novo comportamento nos ambientes de trabalho. Não conseguem manterem-se subordinadas a qualquer forma de comando que lhes exija atitudes de rotina. São extremamente havidas por novos conhecimentos (que também são descartados mais rapidamente ainda).
A liderança atualmente é situacional. Não é mais possível termos equipes com lideranças fixas, nem sempre inovadoras, e com focos muito estreitos.
A busca que as empresas passaram a buscar, alimentando crenças coletivas e valores morais, pode representar uma possível solução para a formação e retenção dos novos talentos.
Já há alguns anos as empresas vêm buscando adequar-se às chamadas “boas práticas de administração”, bem como na aplicação do “fair trade”. São essas práticas que dão a sustentação à criação dos valores morais das empresas, que devem praticá-las de forma autêntica e contínua.
A globalização e a comunicação na forma de redes faz com que todos saibam tudo sobre todos... e rapidamente. Por isso, comete grave erro aquele que ‘fingir’ adotar essas práticas apenas no discurso. Se não houver integridade todo o esforço feito poderá representar um grande retrocesso; dificilmente recuperável.
A adoção de boas práticas é sinal de responsabilidade social pelos empreendedores. A aplicação e perpetuidade das mesmas dará o respaldo necessário para o crescimento da empresa e a satisfação daqueles que nela trabalham.
As nossas recomendações, especialmente quando atuamos como ‘advisor’ de conselhos empresariais, é a de buscar fortalecer as políticas de governança e transparência, mediante a adoção ética dos princípios de ‘accountability’.
Mantemos a esperança de que essas mudanças nas empresas ocorram rapidamente, alastrando-se de forma quântica, como temos observado em tantas situações análogas atualmente.

Pequenas empresas e baixa renda têm maior impacto tributário

A arrecadação assemelha-se a um buraco negro no espaço...
Ninguém consegue saber o que acontece depois.

Sob o argumento de que o "Brasil deve promover a Inclusão Fiscal", para só depois se pensar em redução de carga tributária, estamos acompanhando o significativo aumento da quantidade de contribuintes.

No artigo: Carga Tributária Atinge Baixa Renda e Pequenas Empresas fica evidenciada a distorção causada pela (má) política tributária adotada no Brasil.

Claro que sou favorável a Inclusão Fiscal. Ela representa a oportunidade para desenvolvimento de todos em melhoria de qualidade de vida e cidadania. Só não dá para concordar da forma como vem sendo feita...

Veja este comentário extraído do texto indicado:

Paralelo a isso, o Brasil tem a 9ª maior carga fiscal para assalariados de baixa renda (que ganham US$ 25 mil ao ano), dentre os 19 países da amostra.
Nesse mesmo contexto, o impacto da carga tributária nas micro e pequenas também é maior do que nas grandes companhias. "As empresas que estão no Lucro Presumido - onde entram aquelas micros e pequenas empresas que não podem, por lei, optar pelo Simples - recolhem os impostos somente sobre o faturamento, de modo a não poder retirar do cálculo as despesas, como são autorizadas as companhias - normalmente as grandes -, que tributam somente se tiver lucro (regime Lucro Real). O resultado disso é que aquelas que estão no Lucro Presumido veem seu patrimônio ser tomado pelas contribuições que são obrigados a fazer".

Por isso é recomendável que, antes de fazer uma escolha sobre a forma de tributação a ser adotada pela empresa, o empresário consulte os profissionais qualificados para analisar adequadamente sua situação e recomendar, com propriedade a melhor forma a ser adotada.

Além disso, o Consultor poderá orientar e ajudar na implantação de um Orçamento Empresarial, onde ficará transparente a capacidade de geração de resultados do seu negócio.