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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

"Valhacouto de Oligarcas"



Tudo bem! Há que se reconhecer que os rumos da política brasileira estão extremamente precários, tanto pela maioria de seus mandatários (em todas as esferas e níveis de Governo: Executivo, Legislativo e Judiciário), de seus candidatos e, também, de seus eleitores.

A definição dada pelo candidato do PSOL, Plínio de Arruda Sampaio, ao Congresso Nacional parece precisar o que temos assistido nos últimos 30 anos (pelo menos!). Valhacouto de Oligarcas! Muito bem definido...

É por isso que não há desenvolvimento no Brasil. Estou me referindo, especialmente, ao desenvolvimento mais importante em qualquer país: o desenvolvimento educacional e cultural. "Coisas" relegadas prá "baixo do rastro da cobra", há muitos anos.

Já tive oportunidade de ouvir algumas barbaridades que comprovam essa afirmação. Quando, juntamente com um grupo de pessoas ligadas em um projeto social de longo alcance, propusemo-nos em melhorar as instalações das escolas de um município da região metropolitana de Curitiba. Os alunos do ensino fundamental iam às escolas que NÃO TINHAM BANHEIROS!!! Faltando noções mínimas de higiene como é possível esperar que existam professores com uma frequência mínima nos dias letivos? Que tipo de pessoas essas crianças serão?

Pode acontecer isso numa cidade da região metropolitana de uma capital do chamado "sul maravilha"?

Pois bem. Além de promover a instalação das condições mínimas em escolas municipais foram sendo criadas condições para o pagamento a um grupo de professores (outros professores, evidentemente), remunerados com recursos oriundos de economias geradas pelo uso de técnicas ambientais corretas a algumas entidades privadas. Com a economia gerada as empresas destinavam, mensalmente, uma quantia suficiente para pagamento de vários professores.

Ao perceberem que não tinham portas abertas para continuar com o projeto, explodiu a razão para a falta de interesse e apoio do governo local. Um(a) Vereador(a) disse, de modo sigiloso, que as atividades que estavam sendo realizadas "Acabava com os eleitores que davam sustentabilidade para a continuação dos mesmos no poder."

Assim é a política no Brasil. Democracia só para poder "fazer de conta que vivemos num Estado Democrático de Direito". Que balela...

O Projeto Ficha Limpa, transformado em Lei, já revelou que nem todos os candidatos - ainda que condenados - podem ser barrados por essa Lei. Ora, será que precisamos realmente de uma Lei para que tenhamos como candidatos (também em todos os níveis) somente aqueles que merecem Fé Pública?

Falta cultura e educação ao povo brasileiro. Não será distribuindo canais de TV, Estações de Rádio ou acesso a Internet, que isso se resolverá. É preciso que o Governo tome a decisão de que país seremos nos próximos 20 e 50 anos. Os que ocupam cargos no Executivo, Legislativo e Judiciário têm de parar com essa mania de criar grandes currais eleitorais.

Fico pensando se não é por essa forma de pensar que o Brasil vem buscando apoiar governantes de outros países, sabidamente déspotas ou ditadores sanguinários. Todos se parecem! São iguais...

É a Revolução dos Bichos vivenciada ao vivo e a cores...

Em tempo: não acho que o caminho seja o Fechamento do Congresso. Acredito que ainda seremos capazes de promover as reformas essenciais, na seguinte ordem:


• Reforma Política

• Reforma Administrativa

• Reforma Fiscal

• Reforma Tributária

• Reforma da Previdência

O Ministério Público, bem como o Supremo Tribunal Eleitoral, deve começar a trabalhar para saneamento do país. Isso é mais importante que "os meros 15 minutos de fama", que aparentemente satisfaz a maioria das pessoas.

2 comentários:

  1. Quem vai sanear exatamente?
    O dono de uma empresa de silkscreen de Curitiba me revelou que é preciso garantir adiantadamente 50% do orçamento de cada trabalho encomendado para fins de campanha eleitoral (camisetas estão proibidas, mas bonés e outros artigos não estão) para garantir que não haja prejuízo do custo do material. Não costumam pagar. Este é o procedimento padrão, segundo o dono da empresa, adotado por aqueles que elegemos. Esperar o quê?

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  2. Repetindo a frase do post anterior:
    "Todos os animais são iguais / mas alguns animais são mais / iguais do que os outros."

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