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domingo, 10 de maio de 2009

Domingo das Mães

Neste Domingo foi realizada uma homenagem a todas as Mães!
Quando sai para almoçar vi os restaurantes lotados. Muito além do normal de um outro domingo!
Filas com muitas pessoas formando grupos familiares à porta! Todos conversado, tentando manter a calma para a inevitável espera. Algumas mães demonstravam um certo nervosismo. Afinal, deviam pensar, causavam um "atrapalho" na vida de seus filhos, noras, genros, netos, etc. naquele momento...
Dentro do restaurante erá facilmente identificável algumas mães, ornadas com vestidos estampados e floridos, esforçando-se para atender a todos que clamavam por sua atenção. Algumas apenas balancavam seus alimentos pelo prato, quase sem tempo para levá-los à boca, correndo o risco de não poderem fazer a iterlocução com as pessoas à sua volta.
Em algumas mesas pairava um certo "climão", provocado por algum comentário feito - ainda que sinceramente - que não constava do "script" daquela hora.
Em outras a refeição seguia de forma silenciosa, quase solene. As crianças comportadas, sem poder fazer a algazarra que a "oportunidade requeria"...
É interessante observar que, tudo isso, só foi percebido por estar só. Almocei sozinho, sem nenhuma companhia, num cantinho que, de tão pequeno, não era disputado pelas famílias.
Voltei meus pensamentos à minha mãe, falecida já há mais de 10 anos. Lembrei-me que também eu e meus irmãos, queríamos - a todo custo - fazer um Domingo muito alegre, digno de ser lembrado 'para sempre' pel mãe a quem adorávamos...
Tudo é uma questão de momento! Nada é por acaso... Somos assim, se não todos, ao menos uma grande maioria de nós, filhos...
É a tensão que a vontade em acertar tudo, nos mínimos detalhes, para dar alegria à nossa mãe, nos faz cometer atos nem sempre adequados. Somos, como humanos, sujeitos ao erro. A muitos erros, se a emoção nos pega de jeito.
Tudo isso - que pode parecer importante - e é, nos faz redimirmos pelo tanto que temos a agradecer e louvar a cada gesto e ação que recebemos de nossa mãe, cada dia de nossas vidas. Mesmo - como eu - que tenho minha mãe ausente a mais de 10 anos... Ela continua vivissima em minha lembrança, com suas palavras, seus gestos e seu olhar. Seu olhar era uma revelação instantânea sobre sua alegria, tristeza, aconselhamento, ou todos os outros olhares que, desde muito pequeno, aprendi a conhecer.
Por isso, neste Domingo das Mães, deixo minha homenagem a todas as mães, presentes ou não, desejando que Deus lhes cubra - sempre - com toda a Graça possível, para lhes retribuir a grande graça que dela recebemos. A Graça da Vida!
Mamãe, eu te amo!

3 comentários:

  1. Antonio,

    Interessante a tua mensagem.

    Durante a leitura, eu estava imaginando as cenas descritas por ti. As circunstâncias te propiciaram ter esse olhar, que considero muito importante, como alerta e lição, para aqueles que não passaram por esta perda, tendo estes, então, a possibilidade de refletirem a respeito das relações, hoje existentes, com suas mães.

    Um texto de grande valor.

    Um abraço.

    Nelson

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  2. Eram dias memoráveis, com muita simplicidade, muito amor.....esses eram os ingredientes básicos e essenciais colocados em suas receitas.........como sempre digo, a mãe era mágica....num simples bolinho de chuchu, muitas vezes imaginávamos ou efetivamente na nossa cabeça, estávamos comendo bolinho com bacalhau.....essas obras primas que só as mães conseguem.....

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    1. Grato Vicente.
      Foi assim que aprendemos a multiplicar... Aprendendo a repartir tudo; especialmente a alegria, o prazer e a companhia.
      A grande lição: Só aprende a multiplicar se souber dividir (ou repartir).
      Rico é quem tem o que dividir! Nisso a Mãe foi Mágica!

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